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Dicas para preparar o pai para o parto.

Num parto por Hypnobirthing, o papel do pai ou parceiro de nascimento é fundamental para um nascimento harmonioso.
Aqui ficam algumas dicas para preparar o pai para o parto:

1 – Acordar antecipadamente o que a mãe gostaria que faça (e NÃO faça) durante o parto. Assim, analisem em conjunto o plano de parto. Isto permite entender o que a mãe quer, e não quer, em termos de intervenção e alívio da dor.

2 – Fale sobre qualquer medo ou preocupação que tenha sobre o nascimento, ou com a sua companheira ou com um amigo. Certamente, depois de abordar as suas preocupações, estará mais tranquilo para o parto.

3 – Durante a parte mais séria do trabalho de parto, crie e mantenha o ambiente certo. Minimize os estímulos sensoriais ( luzes, pessoas, barulhos). Quanto menos estímulos a mãe tiver, melhor a mãe poderá relaxar e focar-se.

Proteção, respiração, movimento

4 – Evite que a mãe se sinta observada. Porque, quando se sente observada é mais difícil relaxar completamente (imagine como se sentiria tendo alguém presente quando vai à casa de banho por exemplo).5 – Incentive-a a respirar calma e ritmicamente em cada onda uterina

6 – Ajude-a no processo de visualização entre as contrações dizendo frases simples. Relembre-a de memórias felizes ou lugares que visitaram… Este ajuda deve ser discutida com antecedência para que seja de comum acordo

7 – Incentive-a a movimentar-se e encontrar posições confortáveis. Se ela gostar e tiver sido combinado, faça-lhe uma massagem nas costas e na cabeça (se ela lhe pedir, pare, e não se ofenda!)

Presente com subtileza

8 – Não lhe faça muitas perguntas. Tente perceber ou antecipar o que quer, por exemplo, dê-lhe água, em vez de perguntar se ela quer beber alguma coisa.

9 – Esteja totalmente presente para a ouvir e apoiar – Não a julgue nem leve nada a mal. É natural que a mãe possa agir de forma estranha ou dizer coisas que normalmente não diria.

Confiança e assertividade

10- Esteja confiante e seja assertivo com a equipe médica, você é o porta-voz da sua companheira e tem o direito a pedir o que é importante para ela.

11 – Se a mãe começar a duvidar de si mesma, continue a incentivá-la ainda mais, dizendo que confia nela e que já falta pouco para conhecerem o vosso bebé.

12 – Beba bastantes líquidos e coma bem para manter a sua própria força, a sua companheira precisa de si em forma

E, sobretudo, demonstre-lhe todo o seu amor e confiança!

O papel das hormonas num parto confortável

As hormonas podem ajudar ou prejudicar fortemente o trabalho de parto. Saber gerir a produção de hormonas benéficas é o segredo para um parto mais confortável. Conheça o papel das hormonas e prepare-se para um parto mais confortável.

Apresento-vos 2 hormonas importantes para o parto:

A Ocitocina

Esta é a hormona responsável pelas ondas uterinas (contrações). É chamada a hormona do amor e do bem-estar porque a produzimos sempre que nos sentimos felizes. E esta é a principal responsável por um parto tranquilo e confortável.

A Ocitocina leva ao bom desenvolvimento de todo o processo de nascimento. E veja, o corpo humano é tão maravilhoso que associa ao parto à produção desta hormona (e de outras). Tudo isto para que este momento seja vivenciado como um momento de prazer.
Recordo que a mulher chega a atingir os níveis mais altos de produção de Ocitocina em toda a sua vida, no período do parto.

A Adrenalina

E esta é a hormona responsável pelo medo, tensão e ansiedade. ou por um parto lento e doloroso.
Quando produz Adrenalina, vai ficando mais tensa e entra em sistema de sobrevivência, ou seja, o corpo prepara-se para combater ou fugir. 
De forma 
totalmente involuntária, o sangue vai para as extremidades, preparando braços e pernas para fugir ou combater, se necessário. Tudo isto é involuntário e atrasa e prejudica o nascimento pois  precisamos da irrigação sanguínea no útero e não noutras zonas do corpo. 

Muito importante: quando produzimos Adrenalina não conseguimos produzir Ocitocina.
Assim, ou produzimos uma ou outra mas nunca as duas. E é esta gestão entre a produção de Adrenalina/Ocitocina que ajuda ou prejudica o parto.

No Hypnobirthing, a mãe prepara-se com técnicas que a ajudam a evitar a libertação de Adranalina e a manter-se sempre tranquila para potenciar a produção de Ocitocina.
Esta é um dos pontos que torna o Hypnobirthing tão eficaz: a mãe usa a mente para “gerir” a produção de hormonas para evitar a tensão e aumentar o conforto no parto.

O parto no mundo animal

Não vê nenhum mamífero a dar à luz exposto, agitado e no meio de confusão. E afinal, não somos todos mamíferos? Analisemos então o parto no mundo animal.

Um dos exercícios que peço ás famílias que acompanho é observar o nascimento de um mamífero, qualquer um.
Isto, para que percebam que todos os mamíferos têm as mesmas necessidades básicas durante o nascimento:

– Segurança (sentir-se protegido)
– Intimidade (estar resguardado e não ser observado)
– Tranquilidade

Por exemplo, no caso dos cães e dos gatos, até pode montar uma caminha confortável, para que tenham lá os seus filhotes. No entanto, o mais provável, é que os tenham debaixo da cama ou de uma mesa. Ou até atrás da porta. Ou seja, em qualquer sítio onde se sintam protegidos e escondidos.

Nas quintas, pode estar tudo preparado para o nascimento de um bezerro, mas ele nasce quando o dono faz uma pausa para tomar café.

Afinal, não somos todos mamíferos?

Outro aspeto interessante é que não vê nenhum mamífero a dar à luz em aflição ou stress. Por norma, estão sempre recolhidos, escondidos, concentrados e a seguir o seu instinto, pois não frequentaram nenhum curso e ninguém os ensinou a dar à luz. Isso, porque eles sabem, instintivamente, o que fazer.

E afinal, não somos todos mamíferos? 

Os humanos também têm instintos e foram programados para saber dar à luz. Infelizmente, alimentamos e trabalhamos a parte consciente e racional da nossa mente, esquecendo-nos da parte mais animal onde estão os instintos. Na maioria das vezes, pomos em causa e duvidamos da nossa capacidade inata de dar a luz quando essa capacidade nasceu connosco, com milénios de evolução da raça. É importante valorizar os instintos porque são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

As mesmas necessidades dos restantes mamíferos.

As mães têm as mesmas necessidades dos restantes mamíferos e também procuram, instintivamente, um local onde se sintam seguras e pouco observadas. E isto pode fazer a diferença entre um nascimento rápido e lento.
Dar à luz é um ato que requer privacidade. Imagine ser observada enquanto vai à casa de banho, por exemplo. Iria sentir-se descontraída e à vontade? Ou quando está a fazer amor? Claro que não.

Por todas estas razões, o ambiente é importantíssimo para o bom desenvolvimento do nascimento.

Tal como acontece com os restantes mamíferos, é crucial criar este ambiente tranquilo para a mãe porque quando não estamos totalmente confortáveis, o corpo fica em alerta. Muitas pessoas ficam obstipadas quando viajam ou nem conseguem dormir descansados na primeira noite num hotel, por exemplo. Sempre que nos encontramos num ambiente estranho somos afetados pelo stress, seja num nível elevado ou apenas uma ligeira tensão.

Desta forma, é necessário evitar e minimizar ao máximo o stress provocado por ambientes desconhecidos e ajustar o ambiente para o nascimento.

Percebe agora a importância do ambiente onde a mãe se prepara para a vinda do seu bebé?
Recorde-se que é imprescindível que se sinta protegida, resguardada e em segurança para que tudo aconteça naturalmente e comodamente.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem: fonte alvitrando.blogs.sapo.pt

escolher palavras gravidez
Adaptar a linguagem á gravidez e parto

A escolha das palavras certas têm um forte impacto na gravidez e no parto. Isto porque as palavras têm um efeito direto sobre a mente e, consequentemente, sobre o corpo. Por isso é tão importante adaptar a linguagem á gravidez e parto.

“As palavras são a droga mais poderosa da humanidade” já dizia Kipling. Efetivamente, as palavras têm um efeito direto sobre a mente e, consequentemente, sobre o corpo. Isto, porque o corpo não faz nada sem um comando da mente. E, por isso se diz que “a mente manda e o corpo obedece”.

escolher palavras gravidez

Vejamos alguns exemplos do dia a dia. Por exemplo, quando alguém que nos diz algo que nos envergonha, coramos…

Ou algo a que achamos graça a algo, rimos…

Ou ainda algo que nos repugna, ficamos enjoados…

Reflexos involuntários

Todas estas respostas corporais são reflexos involuntários do corpo. Isto porque não é possível dar uma ordem para corar ou enjoar. São reflexos conseguidos apenas com palavras.
E o parto também é uma ação involuntária do corpo. Assim, certas palavras podem ajudar ou prejudicar todo o processo, devido ao efeito que provocam no corpo.

No entanto, na gravidez e no parto, a linguagem tende a ser negativa e usam-se termos medicalizados e geradores de tensão. Muitas vezes, a gravidez é tratada como uma doença, que não é…
Por exemplo: gravidez de baixo risco, gravidez de alto risco, posição correta, posição incorreta, contrações, dores de parto, dilatação, expulsão…
Todas estas palavras provocam tensão involuntária e não ajudam em nada o processo de nascimento.

Escolha as palavras certas

Na preparação por Hypnobirthing, as palavras são utilizadas para ajudar e cada palavra é escolhida de acordo com os sentimentos que gera e às reações que provoca no corpo.
Não há palavras proibidas, até porque são inevitáveis no dia a dia, há um trabalho em re-significar as emoções provocadas por algumas palavras usadas regularmente.

Mesmo quem não faz Hypnobirthing pode dar mais importância ao poder das palavras e utilizar, sempre que possível, palavras que promovam a tranquilidade e bem estar.
Por exemplo, em vez da palavra “contração” use a expressão “onda uterina”. Em vez de falar de dores, fale de desconforto…

É fácil e parece algo simples mas faz toda a diferença, acredite

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Fonte da imagem: www.sulinformacao.pt

Como funciona o útero durante o parto

Muitas técnicas de Hypnobirthing facilitam o trabalho de parto. Assim, o primeiro passo do acompanhamento por Hypnobirthing é mostrar como funciona o útero durante o parto.

Gosto de simplificar toda a informação e torná-la muito visual. E este é o filme que mostro para exemplificar, de forma simples e divertida, o que acontece ao útero durante o parto.
E este é o filme, feito por uma colega, terapeuta de Hypnobirthing, que demonstra, com um simples balão e uma bola de ping-pong, o que acontece durante as várias fases do parto.

E é tão simples que pode, inclusive, servir para explicar aos irmãos ou a crianças.

Certamente irás entender todo este processo complexo com estas imagens divertidas e fáceis de perceber.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos com Hypnobirthing
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Mais testemunhos de mães Hypnobirthing
Relato de parto da Helena
Relato de parto do Simão
Relato de parto da Emma

Como funciona uma sessão de hipnoterapia

Nalguns acompanhamentos, é necessário fazer uma sessão de hipnoterapia, ajustada à gravidez. Como há alguns mitos sobre hipnose, deixo aqui uma explicação de como funciona uma sessão de hipnoterapia.

Cada pessoa é única e cada sessão é diferente. Assim, as técnicas utilizadas diferem de pessoa para pessoa, consoante o tema a tratar. No entanto, a estrutura de uma sessão passa, normalmente por estas fases:

1-Anamnese:
A primeira sessão começa com uma conversa prévia para identificar o tema a trabalhar . Todas estas informações permitem ao terapeuta perceber a situação e organizar a sessão e, eventualmente, reestruturá-la.

2-Relaxamento:
O paciente instala-se confortavelmente e inicia-se o processo de relaxamento. Este, permite atingir um estado de calma e tranquilidade que vão leva à sua total atenção.

3-Aprofundamento:
O processo de aprofundamento do relaxamento serve para apaziguar o filtro crítico da mente consciente. E também preparar a comunicação com o inconsciente. O estado de relaxamento permite aceder e observar os assuntos a trabalhar, com uma nova visão. Isto, com o objetivo de provocar as mudanças que se pretendem.

4-Terapia:
Neste estado de completo relaxamento, inicia-se a terapia trabalhando a questão que motivou a sessão. Assim, novas ideias e “sugestões”, combinadas com o paciente antes de iniciar a hipnose, são então trabalhadas ao nível do inconsciente, com a finalidade de efetuar as mudanças pretendidas.

5-Regresso:
O paciente regressa, lentamente e tranquilamente, ao seu estado consciente. E a sessão termina com a conversa final com a finalidade de concluir a sessão.

Por fim, após uma sessão, apesar de estar acordada, a maioria das pessoas sente-se revigorada, como se tivesse dormido e descansado algumas horas.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem- fonte: healthyrootsmedicine.com

Plano de Pós-parto

A época do pós-parto pode ser um dos momento mais desafiadores da vida de um casal. Talvez mais ainda de que o próprio parto. Aconselho todas as famílias a definir um Plano de Pós-Parto para ajudar neste grande desafio.

O plano de Pós-Parto é uma das principais ferramentas para ajudar a lidar com este desafio. Isto porque estar organizada, torna mais fácil viver este período com tranquilidade e harmonia.

Algumas dicas para um Plano Pós-Parto

  • Quem é a sua equipa Pós-Parto?
    Identifique todas as pessoas com quem pode contar para este período do pós- Parto. Liste todas as pessoas a quem pode recorrer ou consultar em caso de dúvida ou dificuldade com o bebé e recuperação física da mãe. Por exemplo o médico, enfermeira, doula , centro de parto, mãe, sogra, familiar…
  • Quais são suas principais responsabilidades e como as pode delegar ou preparar com antecedência? Liste quem tem disponibilidade e ficaria feliz por ajudá-la nestas tarefas.
  • Quem pode e sabe cuidar dos seus filhos durante este tempo ou ajudá-la a cuidar do seu bebê enquanto descansa? Que atividades e ajudas estão previstas para as outras crianças, para que possa descansar quando precisa?
  • Quem pode ficar responsável por ir às compras (com que frequência, supermercado e tipo de compras. Podem ser várias pessoas desde que planeado e cada uma sabendo o que lhe compete fazer.
  • E também quem ficaria feliz por cozinhar ou trazer a comida pronta?
    De quantas refeições por semana precisa para a sua casa funcionar sem si?
    Quais os alimentos e pratos que gosta de comer? Quais os lanches que mais aprecia?
    Que pratos gostaria de ter congeladas e prontos a consumir? Quem os poderia confecionar para si?
    Quais os restaurantes da sua zona de que gosta mais e onde se pode ir buscar comida. Faça uma lista com contactos e menus dos restaurantes que entregam em casa na sua zona
  • Aceita visitas logo nos primeiros dias após o nascimento? Se aceita, quanto tempo depois do nascimento gostaria de receber visitas?
    Há alguma pessoa que a deixe desconfortável e que quer evitar que a visite nos primeiros tempos (ou sempre)?
    Quais as regras que gostaria que as visitas respeitassem (horários, toque no bebé…)
  • O que a aclama quando está em stress? O que a ajuda a sentir-se mais forte e bem-disposta?
    Qual a dificuldade em pedir ajuda ao seu companheiro?
    Qual a forma/código que pode usar com o seu companheiro para pedir ajuda indiretamente.
  • Que práticas de cura gostaria de ter no pós-parto?
  • Como se vai instalar em casa fisicamente para se sentir segura e apoiada (quarto, sala…)
    Verifique se tem todo o material preparado para o bebé ( apoio à amamentação, fraldas, toalhitas…)
    Verifique se tem todo o material de apoio à recuperação da mãe (pensos, cinta, resguardos…)

    E agora que tem tudo organizado, desfrute deste maravilhoso tempo de conhecimento e partilha!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Calendário e temas das sessões de grupo 2022

Sessões em 2023


Sábado 7 de Janeiro às 11h: Final de gravidez e Kit Ocitocina


Quarta-feira 25 de Janeiro às 19h: Como falar com profissionais de saúde


Quarta-feira 8 de Fevereiro às 19h: Libertar medos e sentimentos negativos- Sessão prática- Obrigatório ligar a câmara


Sábado 18 de Fevereiro às 11h: A dor do parto- alívio da dor e promoção de bem-estar


Quarta-Feira 1 de Março às 19h: Largar o controle- Ganhar confiança- Sessão prática com meditação- Obrigatório ligar a câmara


Quarta-Feira 22 de Março às 19h: Partilha de receios- Exercício


Quarta-Feira 5 de Abril às 19h- Plano de parto e intervenções


Sábado 29 de Abril às 11h- Tema aberto- Perguntas e respostas- Sessão prática se houver oportunidade


Quarta-Feira 17 de maio às 19h- Qual a melhor equipa/hospital para a minha experiência positiva


Sábado 27 de maio às 11h- Estou em trabalho de parto, e agora?


Sessões em 2022


30 de Novembro às 19h- Onde nos levam os nossos medos- Exercício


17 de Dezembro às 11h- Especial companheiro(a)s de parto


Como começou o Hypnobirthing

Aqui fica um breve resumo de como começou o Hypnobirthing, ou Hipnoparto, com um obstetra inglês há quase 100 anos.

Um dia, o obstetra inglês Grantly Dick-Reed visitou uma parturiente dos bairros mais pobres de Londres que recusou a ajuda dele para dar à luz.

A escuridão do quarto e a tranquilidade da mulher chamaram a sua atenção e ficou a observá-la sem interferir. Essa mulher deu à luz, sem sofrimento e tranquilamente.
Então, a partir dessa altura, Reed passou a dedicar o seu tempo a observar o ambiente e a forma como as mulheres pariam, iniciando assim o que viria a ser o Hypnobirthing.

Assim, após anos de estudos, em 1942, o obstetra publica o seu trabalho “Childbirth without Fear” que demonstra que o tempo e as dores do parto aumentam pelo medo e tensão da mãe em relação ao parto.  Apontou a tríade “Medo – Tensão – Dor” como sendo a principal responsável pela dor no parto.

Confiança, compreensão e ausência de medo, a origem do Hypnobirthing

Ao explicar o mecanismo nervoso pelo qual o medo causa a dor da contração uterina, Read relacionou-o aos reflexos condicionados de Pavlov.
Sintetizando: Mulher tensa = colo tenso – Mulher em relaxamento = colo dilatável.

Para o obstetra, confiança, compreensão e ausência de medo do parto evitam os reflexos produtores de tensão e são fatores essenciais para um nascimento harmonioso. 

Grantly Dick-Reed

Quando a mulher engravida, influências desfavoráveis e o medo, criam uma situação que interpreta como sendo de eventual perigo, e da qual quer fugir.
Não podendo fazê-lo, fica em tensão, o que dificulta a produção de Ocitocina e a coordenação da contração muscular.

A dor aumenta a tensão e assim se instala um círculo vicioso: Medo, – Tensão – Dor

Este livro foi o início e serviu de inspiração e base para o Hypnobirthing. 
Provavelmente, a primeira pessoa a usar o termo Hypnobirthing terá sido Michelle Leclaire O’Neill, em 1987. Escreveu livros sobre o método tal como “Hypnobirthing the Original Method“, mas o seu trabalho baseou-se, em parte, nas pesquisas do Dr. Grantly Dick Reed. 

Outra seguidora de Dick Reed foi Marie Mongan que, aquando do seu primeiro filho, praticou as técnicas de Dick-Reed. Converteu-se ao método, fundando depois o Instituto Hypnobirthing nos Estados Unidos. 
Caterine Graves, a hipnoterapeuta fundadora do KGH, foi uma das primeiras a trazer o método para Inglaterra e “democratizar” o Hypnobirthing na Europa, através dos seus cursos.

Pessoalmente trabalho na linha KGHypnobirthing, na qual sou certificada, mas hoje em dias já há várias escolas de Hypnobirthing que praticam e ensinam o método com qualidade.

Felizmente, é cada vez mais fácil ter acesso a cursos e terapeutas credenciados pelos mais variados institutos de Hypnobirthing. E todos eles preparados para ajudar a transformar o seu parto numa experiência incrível e harmoniosa.

Se lhe fizer sentido, informe-se e experimente!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos com Hypnobirthing
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Imagem: wikipedia