A Lea teve uma gravidez bem desafiante, num país estrangeiro, e deixa aqui o seu relato de parto com Hypnobirthing. Condições adversas e alguns medos e inseguranças perturbaram a gravidez mas ela sabia exatamente o parto que queira e merecia. Preparou-se com muita dedicação e este foi o bonito resultado do nascimento da Diana.


Recordo-me que a Lea nunca faltou a uma única prática e Gravidário, além das sessões individuais e da prática quase diária. Desconstruímos uma serie de medos e de expectativas, preparando-se para conseguir o seu parto ideal e aceitando o parto que estava reservado para ela.

O companheiro também precisou de desconstruir algumas crenças e alicerçar a sua confiança para a acompanhar. Foi um acompanhamento muito bonito e aqui fica o seu relato de parto com Hypnobirthing*. Este foi o desfecho do bonito nascimento da Diana.

” Não quero deixar passar mais tempo sem partilhar a minha experiência tão positiva e tão bela da chegada da minha filha ao mundo, tal como eu realmente desejava. E desde cedo fizemos este caminho com o acompanhamento da Maria. 

Escolhi fazer o programa de Hypnobirthing pois faz-me todo o sentido, além da preparação do corpo durante todo o processo da gestação e parto, a preparação da mente. E a Maria tem o dom de ir ao encontro das reais necessidades de uma mulher grávida e do casal. Não tenho dúvidas que ao longo da gravidez tive várias estrelinhas a guiar-me, e a Maria foi das maiores, quer através dos áudios, das frases, das sessões individuais e de grupo, a sua presença e sentido de oportunidade, o transbordar de amor no seu trabalho. Sente-se uma energia de mãe verdadeira, de porto de abrigo…tudo o que mais precisamos num período como este, que é difícil de encontrar nas pessoas que nos rodeiam, até mesmo nas mais próximas. 

Não tenho dúvidas que ao longo da gravidez tive várias estrelinhas a guiar-me, e a Maria foi das maiores.

No sábado começaram as contrações que evoluíram de forma muito rápida e então fomos para o hospital de St Mary’s, em Londres. O plano seria ter o parto na água no Birth Centre do hospital e assim foi. Mas, 3 dias antes, pelo facto de ter mostrado uma percepção de uma ligeira diferença ao nível dos movimentos do bebé na minha barriga e uma vez que já tinha entrado nas 40 semanas, houve um incentivo grande dos profissionais de saúde para fazer uma indução. Isso estava muito fora dos meus desejos, pois queria mesmo um parto totalmente natural e no fundo sentia que estava tudo bem comigo e com a bebé, sendo que nos 3 dias seguintes fui negociando para mais um dia, até chegar a esse sábado.

Então antes de ir para o piso do Birth Centre, tive mais de uma hora no piso da obstetrícia, com fortes contrações enquanto fazia o CTG. Finalmente vêm ter comigo e confirmam o que intuitivamente já sabia, que está tudo bem. E mais ainda, que estava em ótima forma e a gerir muito bem a dor, de forma muito calma (estava a fazer como podia, ouvindo os áudios e fazendo as respirações, apesar de estar há 3 noites quase sem dormir pela ansiedade do parto poder não ser como planeava).

E mais ainda, que estava em ótima forma e a gerir muito bem a dor, de forma muito calma.

Entrei na piscina quando tinha 4cm de dilatação e estive até ao nascimento da Diana. Os áudios que ouvia pelos phones, passei a ouvi-los através do sistema de som da piscina por sugestão da midwife, além de mais confortável, o meu companheiro pôde acompanhar-me e conectar-se ainda mais à magia de cada momento. Qual playlist qual quê… eram as palavras da Maria que o meu corpo queria ouvir.

E a Diana nasceu ao som da voz da sua voz, através de um verdadeiro mergulho de vida, ao ritmo dela, calma e serena, sem quaisquer intervenções médicas. Apenas esteve presente uma midwife, que simplesmente assistiu a todo o processo, foi uma outra estrela, que iluminou ainda mais esta chegada. Maria, obrigada de coração por tudo e por tanto, jamais a esqueceremos, pois esteve sempre presente antes, durante e após o momento mais importante das nossas vidas.”


Quando comecei este acompanhamento lembro-me de pensar que precisava muito de desconstruir estas expectativas porque a Lea estava muito ciente do que queria. Como o parto é imprevisível, este é também o meu papel e assim fiz, mas, quanto mais avançava o acompanhamento, mais percebia que este parto tinha tudo para se desenrolar como estava idealizado. E assim foi!

Foi um verdadeiro gosto acompanhar este casal e ajudar a trazer a Diana ao mundo com toda esta energia do amor. Obrigada Lea e João, que vossa caminhada seja sempre muito feliz!


 O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

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