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O parto no mundo animal

Não vê nenhum mamífero a dar à luz exposto, agitado e no meio de confusão. E afinal, não somos todos mamíferos? Analisemos então o parto no mundo animal.

Um dos exercícios que peço ás famílias que acompanho é observar o nascimento de um mamífero, qualquer um.
Isto, para que percebam que todos os mamíferos têm as mesmas necessidades básicas durante o nascimento:

– Segurança (sentir-se protegido)
– Intimidade (estar resguardado e não ser observado)
– Tranquilidade

Por exemplo, no caso dos cães e dos gatos, até pode montar uma caminha confortável, para que tenham lá os seus filhotes. No entanto, o mais provável, é que os tenham debaixo da cama ou de uma mesa. Ou até atrás da porta. Ou seja, em qualquer sítio onde se sintam protegidos e escondidos.

Nas quintas, pode estar tudo preparado para o nascimento de um bezerro, mas ele nasce quando o dono faz uma pausa para tomar café.

Afinal, não somos todos mamíferos?

Outro aspeto interessante é que não vê nenhum mamífero a dar à luz em aflição ou stress. Por norma, estão sempre recolhidos, escondidos, concentrados e a seguir o seu instinto, pois não frequentaram nenhum curso e ninguém os ensinou a dar à luz. Isso, porque eles sabem, instintivamente, o que fazer.

E afinal, não somos todos mamíferos? 

Os humanos também têm instintos e foram programados para saber dar à luz. Infelizmente, alimentamos e trabalhamos a parte consciente e racional da nossa mente, esquecendo-nos da parte mais animal onde estão os instintos. Na maioria das vezes, pomos em causa e duvidamos da nossa capacidade inata de dar a luz quando essa capacidade nasceu connosco, com milénios de evolução da raça. É importante valorizar os instintos porque são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

As mesmas necessidades dos restantes mamíferos.

As mães têm as mesmas necessidades dos restantes mamíferos e também procuram, instintivamente, um local onde se sintam seguras e pouco observadas. E isto pode fazer a diferença entre um nascimento rápido e lento.
Dar à luz é um ato que requer privacidade. Imagine ser observada enquanto vai à casa de banho, por exemplo. Iria sentir-se descontraída e à vontade? Ou quando está a fazer amor? Claro que não.

Por todas estas razões, o ambiente é importantíssimo para o bom desenvolvimento do nascimento.

Tal como acontece com os restantes mamíferos, é crucial criar este ambiente tranquilo para a mãe porque quando não estamos totalmente confortáveis, o corpo fica em alerta. Muitas pessoas ficam obstipadas quando viajam ou nem conseguem dormir descansados na primeira noite num hotel, por exemplo. Sempre que nos encontramos num ambiente estranho somos afetados pelo stress, seja num nível elevado ou apenas uma ligeira tensão.

Desta forma, é necessário evitar e minimizar ao máximo o stress provocado por ambientes desconhecidos e ajustar o ambiente para o nascimento.

Percebe agora a importância do ambiente onde a mãe se prepara para a vinda do seu bebé?
Recorde-se que é imprescindível que se sinta protegida, resguardada e em segurança para que tudo aconteça naturalmente e comodamente.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem: fonte alvitrando.blogs.sapo.pt

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Adaptar a linguagem á gravidez e parto

A escolha das palavras certas têm um forte impacto na gravidez e no parto. Isto porque as palavras têm um efeito direto sobre a mente e, consequentemente, sobre o corpo. Por isso é tão importante adaptar a linguagem á gravidez e parto.

“As palavras são a droga mais poderosa da humanidade” já dizia Kipling. Efetivamente, as palavras têm um efeito direto sobre a mente e, consequentemente, sobre o corpo. Isto, porque o corpo não faz nada sem um comando da mente. E, por isso se diz que “a mente manda e o corpo obedece”.

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Vejamos alguns exemplos do dia a dia. Por exemplo, quando alguém que nos diz algo que nos envergonha, coramos…

Ou algo a que achamos graça a algo, rimos…

Ou ainda algo que nos repugna, ficamos enjoados…

Reflexos involuntários

Todas estas respostas corporais são reflexos involuntários do corpo. Isto porque não é possível dar uma ordem para corar ou enjoar. São reflexos conseguidos apenas com palavras.
E o parto também é uma ação involuntária do corpo. Assim, certas palavras podem ajudar ou prejudicar todo o processo, devido ao efeito que provocam no corpo.

No entanto, na gravidez e no parto, a linguagem tende a ser negativa e usam-se termos medicalizados e geradores de tensão. Muitas vezes, a gravidez é tratada como uma doença, que não é…
Por exemplo: gravidez de baixo risco, gravidez de alto risco, posição correta, posição incorreta, contrações, dores de parto, dilatação, expulsão…
Todas estas palavras provocam tensão involuntária e não ajudam em nada o processo de nascimento.

Escolha as palavras certas

Na preparação por Hypnobirthing, as palavras são utilizadas para ajudar e cada palavra é escolhida de acordo com os sentimentos que gera e às reações que provoca no corpo.
Não há palavras proibidas, até porque são inevitáveis no dia a dia, há um trabalho em re-significar as emoções provocadas por algumas palavras usadas regularmente.

Mesmo quem não faz Hypnobirthing pode dar mais importância ao poder das palavras e utilizar, sempre que possível, palavras que promovam a tranquilidade e bem estar.
Por exemplo, em vez da palavra “contração” use a expressão “onda uterina”. Em vez de falar de dores, fale de desconforto…

É fácil e parece algo simples mas faz toda a diferença, acredite

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Fonte da imagem: www.sulinformacao.pt

Como funciona uma sessão de hipnoterapia

Nalguns acompanhamentos, é necessário fazer uma sessão de hipnoterapia, ajustada à gravidez. Como há alguns mitos sobre hipnose, deixo aqui uma explicação de como funciona uma sessão de hipnoterapia.

Cada pessoa é única e cada sessão é diferente. Assim, as técnicas utilizadas diferem de pessoa para pessoa, consoante o tema a tratar. No entanto, a estrutura de uma sessão passa, normalmente por estas fases:

1-Anamnese:
A primeira sessão começa com uma conversa prévia para identificar o tema a trabalhar . Todas estas informações permitem ao terapeuta perceber a situação e organizar a sessão e, eventualmente, reestruturá-la.

2-Relaxamento:
O paciente instala-se confortavelmente e inicia-se o processo de relaxamento. Este, permite atingir um estado de calma e tranquilidade que vão leva à sua total atenção.

3-Aprofundamento:
O processo de aprofundamento do relaxamento serve para apaziguar o filtro crítico da mente consciente. E também preparar a comunicação com o inconsciente. O estado de relaxamento permite aceder e observar os assuntos a trabalhar, com uma nova visão. Isto, com o objetivo de provocar as mudanças que se pretendem.

4-Terapia:
Neste estado de completo relaxamento, inicia-se a terapia trabalhando a questão que motivou a sessão. Assim, novas ideias e “sugestões”, combinadas com o paciente antes de iniciar a hipnose, são então trabalhadas ao nível do inconsciente, com a finalidade de efetuar as mudanças pretendidas.

5-Regresso:
O paciente regressa, lentamente e tranquilamente, ao seu estado consciente. E a sessão termina com a conversa final com a finalidade de concluir a sessão.

Por fim, após uma sessão, apesar de estar acordada, a maioria das pessoas sente-se revigorada, como se tivesse dormido e descansado algumas horas.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem- fonte: healthyrootsmedicine.com