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Parto mais curto com Hipnoparto

Os estudos demonstram que o Hypnobirthing, Hipnonascimento ou Hipnoparto está associado a um parto mais curto. Isto porque a grávida trabalha em colaboração com o seu corpo.

Os estudos demonstram que o Hypnobirthing está associado a partos mais curtos .

– Passa de 9,3 horas para 6,4 horas (de média, nas mães de primeira viagem) e de 6,2 horas para 5,3 horas (nas outras mães).

Está também associado a um parto mais confortável e, por isso com mais incidência no parto natural. 84 a 99% dos partos por Hypnobirthing são espontâneos, sem qualquer intervenção.

Mas o método é para todo o tipo de partos, não só para parto natural.

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Mas o método é para todo o tipo de parto, não só para parto natural.

Experiência mais positiva
Numa escala de 0 a 10 sendo o zero sem dor e o 10 muita dor, as mães Hypnobirthing tendem a atingir o máximo de 6. É uma fase de transformação do corpo que pode trazer algum desconforto, mas que não é descrita como dolorosa ao dar à luz com todos os benefícios que traz a curto e longo prazo para a mãe e para o bebé.

Em Inglaterra, o Hypnobirthing é reconhecido e comparticipado pelo S.N.S, desde 2011 e nos hospitais desde 2014. Em Portugal ainda é pouco conhecido mas reconhecido por quem o pratica.

E porque se chama Hypnobirthing?

“Birthing” quer dizer nascimento e “Hypno” de Hipnose, porque tem a componente de relaxamento que é feita com técnicas de hipnose clínica. A hipnose conversacional, simplificando ao máximo, não é nada mais de que o uso adequado da linguagem para mudar a forma como nos sentimos e como o corpo reage.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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O bebé está de costas

Há bebés que se apresentam de costas, ou seja, de costas com as costas da mãe. Esta é uma posição que tem vindo a aumentar muito nos últimos tempos. Saiba o que fazer quando o bebé está de costas.

Pode acontecer por uma necessidade do bebé mas também pode ser afetada pela postura da mãe.

E porquê?
Porque fomos feitos para caçar, correr, andar… e hoje passamos a maioria do tempo sentadas e reclinadas. Um exemplo: a mãe levanta-se e vai para o trabalho a conduzir ou sentada nos transportes públicos. Chega ao trabalho e está uma serie de horas sentada à secretária. Volta a fazer a viagem de regresso para casa sentada. Senta-se para jantar e reclina-se um pouco no sofá a ver televisão antes de ir dormir.
Ainda por cima, grávida sente-se, naturalmente, mais cansada e tem necessidade de descansar mais um pouco.

Há cada vez mais casos de bebés de costas

Apesar de não haver ainda estudos que o comprovam, presume-se que esta seja uma das razões pelas quais há cada vez mais casos de bebés de costas com costas. Isto porque a mãe passa mais tempo reclinada e a gravidade tende a levar o bebé para trás.
Assim, durante a gravidez, tente andar um pouco mais e estar mais tempo na bola de Pilates. Por exemplo, à noite veja televisão na bola em vez de se deitar no sofá, ajuda a manter a postura.

Sabendo desta situação a mãe estará, naturalmente, mais atenta e preparada para algumas alterações que ajudam a a evitar esta posição.

Esta é uma posição que permite um nascimento natural e, como em quase todas as posições, durante o nascimento muitos bebé movem-se para a posição mais usual com a ajuda da gravidade e da respiração adequada.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem Google

No parto uma contração só dura um minuto
Gravidez positiva desde as primeiras semanas

Uma gravidez positiva é essencial e as palavras têm um poder muito grande. Eduque a sua mente para garantir uma gravidez positiva, logo desde as primeiras semanas.

“Uma imagem vale por mil palavras”
Rodeie-se de imagens e mensagens positivas

Assim, sempre que possível, rodeie-se de imagens e mensagens positivas à sua volta. Utilize pequenos apontamentos que lhe lembrem que tudo está bem e que o seu corpo é o lugar perfeito para o seu bebé.

Estas afirmações acompanham a sua gravidez e são uma ajuda para algum tema que lhe interesse. Por exemplo, se o seu bebé ainda não está na posição mais usual, faça uma afirmação com a seguinte frase: “O meu bebé está na posição perfeita para o nascimento” e afixe-a num sítio bem visível.

Outro exemplo: se tem receio que o bebé nasça prematuro, imprima a afirmação correspondente ou desenhe a sua afirmação com a frase: “O meu bebé está protegido e sabe qual a altura perfeita para nascer.”

Pode imprimir algumas destas afirmações ou personalizá-las de acordo com as suas expectativas. Ou então, desenhe-as em cartões bonitos e coloque-os em sítios visíveis no dia-a-dia.

No parto uma contração só dura um minuto

Gosto, particularmente, da afirmação: “É só um minuto, eu consigo”, que aconselho a levar para o hospital e a colocar num sítio bem visível.

Sempre que as vê, lembre-se de respirar fundo, inspirando calma e tranquilidade e expirando as eventuais tensões.

Reserve diariamente um tempo para si para relaxar tranquilamente ouvindo uma meditação positiva.
Encontra aqui um áudio gratuito com afirmações positivas para gravidez.

O seu corpo, a sua mente e o seu bebé agradecem!

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Medo do parto, a Tocofobia

O medo do parto, a Tocofobia, é muito mais de que um simples medo. É um distúrbio que afeta 14% das mulheres e foi formalmente reconhecido em 2000. Trata-se de uma fobia real e séria, que transtorna as mulheres e é ainda desconhecida e desvalorizada, inclusive por outras mães.

Perceciona a gravidez como uma ameaça

De acordo com um estudo no Industrial Psychiatry Journal publicado em 2000, a Tocofobia pode afetar tanto mulheres que nunca estiveram grávidas como mulheres que já passaram por um parto traumático anteriormente.
E também a depressão pré-natal, abortos espontâneos e outros problemas obstétricos também podem desencadear a Tocofobia.

Aparece como um dos principais fatores de desenvolvimento de perturbações psicológicas na grávida e mostra uma tendência no aumento dos sintomas ao longo da gravidez.

Neste processo, a grávida percepciona a gravidez como uma fase de ameaça. Na sua interpretação, o parto é o ponto alto da ameaça e o pós-parto a fase de recuperação.

Kate, um grávida entrevistada a este respeito no programa de televisão “Call the Misdwife”, aceitou ajuda. Recorda-se de que sempre teve aversão à gravidez, assim como acontece muitas mulheres com Tocofobia.
“Quando eu vi o teste de gravidez positivo, uma parte de mim estava feliz mas a outra ficou aterrorizada. Para ser honesta, o pânico dominou-me quase instantaneamente” afirmou Kate.


“Tocòs = parto” e “Fobos = medo” –

E foi piorando com o decorrer da gravidez, sempre com muita ansiedade e muitos medos. “Quanto mais avançava, menos acreditava que conseguia fazer sair o bebé de dentro de mim. Nem conseguia imaginar, chegava mesmo a pensar e a sonhar que íamos morrer as duas no parto” lembra Kate.
Recorda-se que, numa consulta pré-natal , logo às 16 semanas pediu para fazer uma Cesariana pois nem concebia a ideia de um parto vaginal. Acreditava que não conseguiria passar por isso. Morria de medo só de pensar em hospitais, de pessoas a tocarem-na, de sangue, agulhas…

Após perceber que tinha Tocofobia, fez terapia cognitivo-comportamental e aprendeu a lidar com o distúrbio. À luz da sua realidade, optou por fazer uma cesariana porque o medo era extremo e acredita que foi a melhor decisão que tomou.

Sintomas da Tocofobia

– Pesadelos recorrentes

– Hiperventilação

– Suores e tremores

– Ataques de pânico e ansiedade

– Choro frequente e recorrente

– Náuseas e vómitos

– Pensamentos sobre a morte

2 tipos de Tocofobia

-Tocofobia primária: precede a gravidez e pode atrasar ou evitar a sua decisão de ter filhos.

-Tocofobia secundária: a partir de uma experiência de parto traumática.

Um dos maiores problemas da Tocofobia é o estigma

Todos esperam que esteja muito feliz quando está grávida, a planear um parto fantástico com velas e aromaterapia. Espera-se uma grávida com um brilho especial num período maravilhoso da vida dela.
Mas há quem não sinta nada disto.
A mãe com Tocofobia sente-se um fracasso. “Eu não me sentia capaz nem quis fazer nenhum dos rituais habituais da gravidez. Foi um problema porque as pessoas não conseguiam compreender porque não andava nas nuvens como era suposto” afirma Kate.

O seu conselho para outras mulheres com Tocofobia: “Conversem com alguém, seja médico ou terapeuta, mas falem! As piores 17 semanas da minha vida foram as semanas antes de ter ajuda. Após falar da situação, senti um grande alívio. Finalmente havia uma explicação e alguém que me entendia em vez de me sentir como uma louca” reforçou.

De acordo com esta perspectiva, quanto mais informação tem, mais capaz se sente a grávida em buscar ajuda e tomar decisões ajustadas ás suas necessidades. O conhecimento traz-lhe a confiança de poder escolher a melhor opção para o seu caso pessoal.

A confiança ajudam-na a lidar com o estigma e desvalorização da Tocofobia e a estar segura nas suas escolhas.


Artigo de 2000 no British Journal of Psychiatry  – https://www.cambridge.org/core/journals/the-british-journal-of-psychiatry/article/tokophobia-an-unreasoning-dread-of-childbirth/492B8EB19D16A2BD455E6BE7539564C9

Suporte contínuo para mulheres durante o parto – https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003766.pub6/full

Hiperêmese gravídica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/hiper%C3%AAmese-grav%C3%ADdica

Fonte da imagem: site parents.com

O bebé está pélvico, como ajudar?

Muitas mães ficam ansiosas quando o bebé se apresenta pélvico (sentado) ou de pés/joelhos/ para baixo. Saiba como ajudar quando o bebé está pélvico

Tal como dizia Mary Cronk “ é uma posição pouco usual mas normal” e menos de 4% dos bebés estão nesta posição no final da gravidez.

Antes de mais há que esclarecer que os bebés mudam de posição até quase ao final da gravidez. Por exemplo, com 30 semanas, o bebé não esta pélvico! Isto porque, simplesmente, ainda não está posicionado para nascer.

Cesariana

Até muito recentemente, um bebé pélvico ou de pés era logo encaminhado para cesariana. No entanto, ultimamente, já se fazem partos vaginais com esta posição. É, no entanto, importante ouvir as recomendações do médico que a assiste e ponderar todas as hipóteses.

Parto vaginal com um bebé pélvico- Foto: O nascer de uma mãe

“Hands off”

Uma das posições mais “temidas” é quando o bebé se apresenta de pés.
O estudo de Lowen et Al publicado no Internacional Journal of Gynaecology and Obstetrics em 2017 demonstra que “os partos de pés são aconselhados a ser feitos em posição vertical”e, na maioria das vezes fazem-se “hands off”, sem manobras manuais. Como curiosidade,  pode ver aqui um filme de um parto vaginal com esta posição, que é bastante diferente dos habituais.
Se não gosta de imagens explícitas, não visualize o vídeo.

Dica:

Quando o bebé está pélvico tente outros meios tais como a Hipnoterapia. É um método que apresenta resultados muito interessantes. Pode também falar carinhosamente com o seu bebé, explicando-lhe e fazendo círculos na barriga para lhe “mostrar” o caminho.

E se está com um sorriso de descrédito? Acredite que há muitos casos de sucesso com este método, e eu própria já acompanhei alguns.

Há um site interessante que só trata deste assunto e pode ser um recurso para quem tem o bebé nesta posição:  www.spinningbabies.com

Confie no seu bebé

Chamo a atenção para o facto de que, muitas vezes, quando o bebé não se vira, poderá precisar de estar nesta posição. Algo anatómico ou por alguma razão que só ele conhece. Tal como nós, o seu instinto de sobrevivência já sabe o que fazer, confie no seu bebé porque ele sabe o que é melhor para ele!

Afixe esta imagem num sítio que veja várias vezes ao dia.

E agora que entende como os seus pensamentos a afetam, a si e ao seu bebé, vamos usar esta informação para ajudar.

Visualize!

Seguindo esta premissa, aconselho-a a escolher uma imagem que lhe agrade do bebé na posição de nascimento mais usual. Como a que está em anexo, por exemplo. Coloque-a num sítio bem visível onde a veja várias vezes ao dia. No frigorífico por exemplo, ou no espelho pois, sempre que olhar para esta imagem, estará a dar indicações ao seu corpo e ao seu bebé.

E vá falando e explicando ao seu bebé, que está tudo bem e que está preparada para o receber.

Como evitar a dor de parto

“Mas como é que alguma técnica consegue controlar uma das dores mais intensas que o ser humano pode sentir?” Esta é uma das perguntas que ouço mais frequentemente enquanto terapeuta de Hypnobirthing e que me leva a escrever sobre como evitar a dor do parto.

Com a parte mais poderosa do seu corpo: a mente.
De acordo com a neuro-ciência, o cérebro apresenta maior neuro-plasticidade durante a gravidez. De facto, o Hypnobirthing tira partido deste facto. Assim, usa uma serie de técnicas para evitar a intensidade da dor no parto. E também, para aumentar a produção das hormonas facilitadoras do nascimento.

As técnicas reúnem meditação, visualizações, conhecimento da psicologia e fisiologia do nascimento, exercícios e respiração. Na prática, é como se fosse uma “caixa de ferramentas” para usar na gravidez e durante o parto.

Alta performance

Apesar de não parecer, o parto requer treino e preparação, porque é uma desempenho de “alta performance”.
Durante a gravidez, a mãe prepara-se para o momento do nascimento. Isto, tanto a nível físico como emocional. Aprende a lidar com as emoções e a treinar para o “grande dia”. E basta um treino de 15 minutos diários e alguns exercícios!
Acredite que estes pequenos treinos fazem toda a diferença, tanto ao longo da gravidez como na hora do parto.

Este treino foi comprovado com uma pesquisa da University College Cork (Irlanda) que comparou as experiências de parto de 200 grávidas.

Metade tinha fez um curso tradicional de preparação para o parto enquanto a outra metade usou técnicas de Hypnobirthing.

Para as mães que usaram Hypnobirthing, a experiência foi mais confortável e positiva, tiveram menos intervenções e mais apoio do(a) parceiro(a) de nascimento.

Saber como tudo se processa

A grávida aprende também como funciona o seu corpo. Quais as hormonas que prejudicam ou ajudam no parto e como tudo se processa. Assim, saberá como reduzir a produção das hormonas prejudiciais ao parto. E, logicamente, saberá também como potenciar as hormonas que ajudam a evolução do parto e lhe trazem conforto natural.

Há alguma tendência em pensar que o Hypnobirthing atua unicamente a nível emocional mas grande parte das técnicas passam também pelo conhecimento fisiológico, dando à mãe “ferramentas” para colaborar com o seu corpo a nível físico e hormonal.

Data prevista de parto influencia um parto positivo

A DPP, Data Prevista de Parto, é considerada um dos fatores de sucesso para um parto positivo pelo Hypnobirthing. Vamos perceber a razão pela qual influencia a experiência de parto.

Porquê?
Porque pode ser um fator de stress que queremos evitar.
Todos temos uma DPP, mas o que é que prova que é a DATA CERTA?
– É calculada sobre a data do último período, assumindo que todas as mulheres têm ciclos de 28 dias, mas quantas têm?

-Em Portugal é de 40 semanas, em França de 41 França, no Kenya de 43 por exemplo…

Mensagem de um Pai Hypnobirthing

-A Organização Mundial da Saúde assume-a entre as 37 e as 42 semanas.

Na realidade a data prevista de parto não passa de uma previsão e serve como indicação, no entanto pode converter-se quase numa Dead Line quando é comunicada a terceiros.
Os familiares e amigos começam a “bombardear” com telefonemas, mensagens e chamadas constantes a perguntar se está quase e pior… a dar conselhos para ajudar.
Ora, se no Hypnobirthing, queremos uma mãe tranquila e sem qualquer tensão que prejudique a produção das hormonas “boas”, nada disto ajuda o processo.

Este é um tema que é abordado logo na primeira sessão de Hypnobirthing. Uns pais seguem as indicações que lhes são dadas … outros não, mas todos são informados das possíveis consequências e de como evitar esta situação.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Hypnobirthing na na revista Progredir

Artigo publicado na revista Progredir em Setembro de 2019.

Dando os primeiros passos no nosso país, o Hypnobirthing já é bastante comum e reconhecido noutros sítios.

No entanto, em Portugal ainda poucos conhecem os benefícios deste método. E é pena pois ele muda completamente a vida da grávida, tornando o nascimento numa experiência poderosa e harmoniosa.

Acompanhamento para o parto

O Hypnobirthing é um programa de preparação para o nascimento, assente nas mais recentes evidências científicas. Vários estudos demonstram que permite um parto mais rápido, com menos dor, menor intervenção médica e, consequentemente, menos ajuda instrumental e farmacológica.

Quando a mulher engravida, as crenças sobre o parto, o receio do desconhecido e um ambiente de gravidez inadequado, geram uma mensagem inconsciente de possível ameaça. Todos estamos programados para a sobrevivência humana há milénios de anos. Então, perante uma possível ameaça, respondemos instintivamente com o instinto de sobrevivência.

Assim, na hora do parto, a maioria das mulheres entra em “modo de sobrevivência”. Este modo dá origem a alterações físicas no fluxo sanguíneo, na respiração, na tensão muscular… E aumenta a produção de Adrenalina. E tudo isto acontece de forma totalmente involuntária, sendo altamente improdutivo no nascimento.

Ocitocina

Por outro lado, o trabalho de parto progride com uma hormona chamada Ocitocina, fundamental para o bom desenvolvimento do nascimento. Para produzir Ocitocina a mãe deve estar tranquila. Portanto, se está em tensão, não a produz na quantidade necessária para o bom desenvolvimento do parto. Assim, é importante saber que a produção de Ocitocina é inibida pela Adrenalina porque não consegue produzir ambas ao mesmo tempo.

Durante o parto, os músculos do útero estão em plena atividade. Tal como qualquer outro músculo, precisam de hidratação, energia, e boa irrigação sanguínea. Ora, o “modo de sobrevivência” provoca exatamente o resultado oposto e torna os músculos tensos e com pouca irrigação, cansando-se mais facilmente e criando desconforto físico.

Dor-Tensão- Dor

Um exemplo: experimente, abrir e fechar a mão várias vezes com o braço e a mão muito esticados e tensos e observe o desconforto. Faça agora o mesmo exercício com o braço e a mão descontraídos e perceba a diferença entre um trabalho muscular em tensão ou em relaxamento.

Por isso, este é um dos pontos mais trabalhados no Hypnobirthing: evitar que mãe ative o seu sistema de sobrevivência com um conjunto de técnicas que usa nas várias fases do parto. Então, eliminando a tensão que provoca as alterações hormonais improdutivas, o parto torna-se obviamente mais rápido e mais confortável.

O pai também é preparado e é um dos fatores de sucesso do método. Nesse sentido, mãe, bebé e pai trabalham em equipa e, independentemente da forma como decorre o nascimento, saberão agir em qualquer circunstância.

Parto não tem de ser associado a sofrimento

Esta é uma explicação muito sucinta e há muito mais para dizer sobre este método fantástico. Poderá obter mais informações no site Hypnobirthing7 e conhecer as várias opções de acompanhamento, presencial ou á distância.

Em jeito de conclusão, num mundo ideal, gostaria que todos soubessem que o parto não tem de trazer sofrimento associado.

Acredite que, com preparação, é possível ter uma experiência poderosa em vez de dolorosa.

Porque cada viagem de nascimento é única e, independentemente do tipo de parto,  o Hypnobirthing permite realmente uma vivência harmoniosa. E é essa a memória que ficará para sempre.

Dicas para preparar o pai para o parto.

Num parto por Hypnobirthing, o papel do pai ou parceiro de nascimento é fundamental para um nascimento harmonioso.
Aqui ficam algumas dicas para preparar o pai para o parto:

1 – Acordar antecipadamente o que a mãe gostaria que faça (e NÃO faça) durante o parto. Assim, analisem em conjunto o plano de parto. Isto permite entender o que a mãe quer, e não quer, em termos de intervenção e alívio da dor.

2 – Fale sobre qualquer medo ou preocupação que tenha sobre o nascimento, ou com a sua companheira ou com um amigo. Certamente, depois de abordar as suas preocupações, estará mais tranquilo para o parto.

3 – Durante a parte mais séria do trabalho de parto, crie e mantenha o ambiente certo. Minimize os estímulos sensoriais ( luzes, pessoas, barulhos). Quanto menos estímulos a mãe tiver, melhor a mãe poderá relaxar e focar-se.

Proteção, respiração, movimento

4 – Evite que a mãe se sinta observada. Porque, quando se sente observada é mais difícil relaxar completamente (imagine como se sentiria tendo alguém presente quando vai à casa de banho por exemplo).5 – Incentive-a a respirar calma e ritmicamente em cada onda uterina

6 – Ajude-a no processo de visualização entre as contrações dizendo frases simples. Relembre-a de memórias felizes ou lugares que visitaram… Este ajuda deve ser discutida com antecedência para que seja de comum acordo

7 – Incentive-a a movimentar-se e encontrar posições confortáveis. Se ela gostar e tiver sido combinado, faça-lhe uma massagem nas costas e na cabeça (se ela lhe pedir, pare, e não se ofenda!)

Presente com subtileza

8 – Não lhe faça muitas perguntas. Tente perceber ou antecipar o que quer, por exemplo, dê-lhe água, em vez de perguntar se ela quer beber alguma coisa.

9 – Esteja totalmente presente para a ouvir e apoiar – Não a julgue nem leve nada a mal. É natural que a mãe possa agir de forma estranha ou dizer coisas que normalmente não diria.

Confiança e assertividade

10- Esteja confiante e seja assertivo com a equipe médica, você é o porta-voz da sua companheira e tem o direito a pedir o que é importante para ela.

11 – Se a mãe começar a duvidar de si mesma, continue a incentivá-la ainda mais, dizendo que confia nela e que já falta pouco para conhecerem o vosso bebé.

12 – Beba bastantes líquidos e coma bem para manter a sua própria força, a sua companheira precisa de si em forma

E, sobretudo, demonstre-lhe todo o seu amor e confiança!

O papel das hormonas num parto confortável

As hormonas podem ajudar ou prejudicar fortemente o trabalho de parto. Saber gerir a produção de hormonas benéficas é o segredo para um parto mais confortável. Conheça o papel das hormonas e prepare-se para um parto mais confortável.

Apresento-vos 2 hormonas importantes para o parto:

A Ocitocina

Esta é a hormona responsável pelas ondas uterinas (contrações). É chamada a hormona do amor e do bem-estar porque a produzimos sempre que nos sentimos felizes. E esta é a principal responsável por um parto tranquilo e confortável.

A Ocitocina leva ao bom desenvolvimento de todo o processo de nascimento. E veja, o corpo humano é tão maravilhoso que associa ao parto à produção desta hormona (e de outras). Tudo isto para que este momento seja vivenciado como um momento de prazer.
Recordo que a mulher chega a atingir os níveis mais altos de produção de Ocitocina em toda a sua vida, no período do parto.

A Adrenalina

E esta é a hormona responsável pelo medo, tensão e ansiedade. ou por um parto lento e doloroso.
Quando produz Adrenalina, vai ficando mais tensa e entra em sistema de sobrevivência, ou seja, o corpo prepara-se para combater ou fugir. 
De forma 
totalmente involuntária, o sangue vai para as extremidades, preparando braços e pernas para fugir ou combater, se necessário. Tudo isto é involuntário e atrasa e prejudica o nascimento pois  precisamos da irrigação sanguínea no útero e não noutras zonas do corpo. 

Muito importante: quando produzimos Adrenalina não conseguimos produzir Ocitocina.
Assim, ou produzimos uma ou outra mas nunca as duas. E é esta gestão entre a produção de Adrenalina/Ocitocina que ajuda ou prejudica o parto.

No Hypnobirthing, a mãe prepara-se com técnicas que a ajudam a evitar a libertação de Adranalina e a manter-se sempre tranquila para potenciar a produção de Ocitocina.
Esta é um dos pontos que torna o Hypnobirthing tão eficaz: a mãe usa a mente para “gerir” a produção de hormonas para evitar a tensão e aumentar o conforto no parto.