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Comunique com o seu bebé durante a gravidez

As mães já o sentem mas estudos recentes demonstram como é importante comunicar com o bebé na barriga. Esses estudos afirmam que o bebé ouve e aprende. Inclusive, na última fase da gravidez, o seu cérebro começa a absorver informações adquiridas ainda no útero.
Se ainda não o faz, comunique muito com o seu bebé durante a gravidez!

Para o psicólogo Roberto Debski, a comunicação entre mãe e bebé é uma realidade. Hoje cada vez mais estudos comprovam que tudo o que a mãe sente reflete-se imediatamente no bebé.

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Assim, estas descobertas aumentam a responsabilidade da mãe e do pai durante a gravidez. “Esse cuidado vai além dos cuidados pré-natal, dos exames necessários e da preocupação com o parto. Os pais devem ter em mente que precisam de se cuidar também emocionalmente para que esse bebé se desenvolva, nasça e cresça como uma criança saudável também nas suas emoções” afirma Debski.

Como terapeuta de Hypnobirthing, tenho por hábito promover alguns exercícios que ligam a mãe ao seu bebé e, assim, promover a ligação e comunicação entre os dois. O pai também, é envolvido aquando da prática em casal.

É importante porque a falta de ligação ou as emoções negativas podem afetar o bebé e criar problemas futuros. Como hipnoterapeuta, encontro vários “traumas” em adultos que se prendem com emoções que sentiram enquanto bebés.

Assim, tenho sempre o cuidado de sensibilizar os pais para o facto do bebé sentir tudo o que a mãe sente e assim promover a comunicação positiva entre todos.

5 dicas para comunicar com o seu bebé, na barriga

1. Fale 
Fale com ele, pausadamente, tranquilamente em voz alta ou em pensamento. Conte-lhe tudo o que é positivo, como foi o seu dia, como é cada pessoa da família… Mas cuidado , só conversas positivas.

2. Brinque 
A barriga já cresceu e a mãe já o sente mexer. Vá brincando com pequenos movimentos e veja se responde, poderá surpreender-se!

3. Dê-lhe música
Parece que a música clássica seria a mais adequada, no entanto, acredito que qualquer música que deixe a mãe feliz deixa o bebé feliz também. Claro que não pode ser música muito pesada mas qualquer música que agrada à mãe agradará ao bebé porque ele está ligado às suas emoções.

4. Relaxe
Os estudos indicam que quando esta relaxada produz as hormonas da felicidade e reduz a Adrenalina por isso quanto menos ansiedade, melhor. Para o bebé e a mamãe.
Quando relaxa ou medita, convide o seu bebé a participar também. O programa de Hypnobirthing tem vários áudios para promover esse relaxamento com afirmações positivas. Principalmente após um dia agitado, quando o bebé se mexe muito, experimente dizer-lhe “vamos descansar agora, filho?”, relaxe e surpreenda-se com a reação.

5. Declare-se
Por último, e talvez mais importante, declare todo seu amor ao seu bebé. Diga-lhe que é bem vindo, que o ama, que ele é fantástico, que vão ser muito felizes…
Quem não gosta de saber que é amado? Seja em forma de canção, carinhos na barriga ou conversando mesmo . Vale também beijinhos na barriga de quem está com a mãe e ligado ao bebé.

Demonstre todos os dias que ama o seu bebé, acredite que faz toda a diferença!

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Saúde emocional da grávida em tempos de pandemia

Numa altura de incerteza como esta, é fundamental cuidar da saúde emocional da grávida enquanto gera o seu bebé. Principalmente em tempos de pandemia, passa a ser uma prioridade.

Neste contexto de incerteza, é natural que a tensão e ansiedade da grávida dispare. E a forma como vive a sua gravidez pode refletir-se no desenvolvimento do seu bebé e no desfecho da própria gravidez. Cada pensamento produz uma emoção e reação no seu corpo. Tudo isto afeta o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Mãe ansiosa, bebé ansioso

Foi demonstrado recentemente que grávidas ansiosas transmitem esse padrão de comportamento ao bebé, o que pode gerar futuros adultos igualmente ansiosos.

Recorde-se que cada pensamento produz uma emoção e cada emoção produz uma reação no corpo e afeta o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Por essa razão, hoje, mais de que nunca, é fundamental que se proteja a ela a ao bebé, aprendendo a cuidar da sua saúde emocional enquanto gera o seu bebé.

Por exemplo, sob stress e ansiedade produz mais Adrenalina e Cortisol. Em contrapartida quando está calma produz mais Ocitocina e Endorfinas.

Quando se cuida emocionalmente encontra mais paz e serenidade e tudo flui melhor. Além disso, também se reflete no aspeto físico, com uma imunidade melhorada e saúde fortalecida.

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Aprenda a libertar a ansiedade antes do parto neste apoio online totalmente gratuito .

Este serviço é gratuito e pode ser feito em de qualquer parte do país.

Partilhe com outras grávidas e não tenha receio, nem vergonha, de pedir ajuda.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Hipnoparto funciona sempre, mas não é para todas as grávidas.

Costumo dizer que o Hypnobirthing, ou Hipnoparto em português, funciona sempre. No entanto não é ideal para as mulheres grávidas.

E porquê?
Porque requer compromisso, trabalho, aprendizagem e treino.
Porque leva tempo e é necessário dedicação, tal como qualquer objetivo que queira atingir na vida.

E nem todas as grávidas têm este tempo.
E nem todas as grávidas querem assumir o controle e poder do seu parto.
E está tudo certo pois cada mulher é única e tem as suas próprias motivações e desejos.

Um exemplo: já reparou que a maioria das mães, quando falam do parto usam a terceira pessoa?

– “fizeram-me”
– “decidiram”
– “deram-me”
– “levaram-me”
Raramente dizem: “fiz” ou “fizemos”, “levei”, “fui”, “decidi” ou “decidimos”.

A mãe preparada por Hypnobirthing, diz: “decidi”, “fiz”, “tomamos esta decisão em conjunto com o médico”, por exemplo.

É o seu corpo, o seu parto e o seu bebé. Então, porque é que a mulher nem sempre tem o papel principal no nascimento?

Porque a educação, aliada à medicalização do parto, faz com que muitas mulheres adotem um papel passivo.

E por que razão tomam este papel passivo?

Principalmente porque, deixando o feminismo de lado, crescemos numa sociedade patriarcal. Fomos educadas para obedecer e respeitar a autoridade e não a questionar. Isto aconteceu ao longo de toda a vida, na escola, no trabalho e em sociedade.
Como considera o médico ou o pessoal hospitalar figuras de autoridade, é natural que, durante o parto, tome, inconscientemente, esta atitude submissa de paciente. Na maioria das vezes, irá fazê-lo sem pensar, mas outras vezes será apenas para evitar problema. E também por ter algum receio em não ser tão bem tratada se assumir outro papel.

É natural que pense: “Sim, está bem, mas os médicos é que sabem!” ou “O que é que vão pensar de mim?” ou até “E se alguma coisa corre mal?”.
Claro que os profissionais sabem o que estão a fazer, mas é importante que os pais se sintam envolvidos nas decisões e em todas as opções, além de que é um direito que é deles por lei.

Questionar para entender

Questionar e querer ser envolvida, não significa que não aceite os procedimentos. Significa que, para os aceitar, têm de lhe fazer sentido.
É perfeitamente legítimo querer saber mais antes de concordar com algo que lhe seja proposto.

No caso do parto, ainda muitas mulheres desconhecem que não lhes podem fazer absolutamente nada, sem o seu consentimento. Assim, quando tomam uma atitude de obediência e submissão correm o risco de prejudicar a experiência de parto, pois sentem que não têm controlo e não se envolvem no processo.

Reclame o seu papel de protagonista

Pode, e deve, reclamar o seu papel principal e assumir o controlo do seu próprio parto. Tem o direito à decisão. Pode fazer perguntas que poderão mudar totalmente o rumo do parto e que terão um impacto enorme na experiência que marcará a sua vida e a maternidade.

Que fique claro que isto não é nenhum incentivo para ir contra as indicações médicas, muito pelo contrário.

É apenas uma chamada de atenção para que saiba os seus direitos e tome consciência de que a sua proatividade. E isto influenciará toda a gravidez e experiência de nascimento.

Uma mãe Hypnobirthing abraça o seu nascimento com confiança, porque está informada e tem todo o conhecimento. Só conhecendo todos os elementos pode tomar decisões conscientes ao longo de todo o processo.

Na formação abordamos temas que poderá achar desnecessários, mas que permitirão que se sinta informada e confiante. Irá, inclusive, aprender um método que a ajuda em todo o processo de tomada de decisões e será muito útil sempre que tem alguma dúvida, ou desconhece algum procedimento.

Informação, a principal ferramenta dum parto positivo

Partimos da premissa de que se estiver informada, terá a confiança necessária para saber tomar as melhores decisões. Por essa razão, a formação completa de Hypnobirthing está desenhada para informar os pais de todos os cenários possíveis. Assim, sentir-se-ão confiantes em todo o processo, independentemente do rumo do parto.

A informação é o primeiro pilar para obter confiança. Uma mãe Hypnobirthing aprende, estuda e percebe todo o processo, estando preparada para todas as eventualidades.
É um processo que requer aprendizagem, trabalho e entrega e essa é uma das razões pela qual não é para todas as mulheres.
E está tudo bem!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Uma terapeuta também chora.

Sim, pode parecer estranho, mas acontece. Uma terapeuta também chora quando nasce um bebé.

A terapeuta é a voz que explica, que conforta, que está sempre lá, firme e confiante.

É a pessoa que escuta, que pergunta, que quer saber como se sente. Com genuíno interesse e sem qualquer julgamento.

A terapeuta interessa-se realmente por conhecer a grávida, o pai, aquela família em particular. Não é mais um acompanhamento, é O acompanhamento!

Sempre que trabalha com uma nova família, também ela se liga aquele bebé que ainda não nasceu. Aquela mãe que está com medo e aquele pai que quer ajudar e, por vezes, não sabe como.

Acompanha-os com todo o amor e acaba por se sentir parte desta família.

Assim, quando recebe uma fotografia com o bebé recém-nascido e lê uma mensagem de agradecimento, como resultado do seu trabalho, a terapeuta também chora.

Sim, chora muitas vezes…

E ainda bem porque, de cada vez que chora, sente que ganhou mais um membro na sua grande família do coração.

E por isso digo sempre na minha apresentação que sou avó de muitos “ netinhos de coração” e, acreditem que representam algumas lágrimas que escorreram para o meu sorriso quando recebi a notícia.

E sou abençoada por poder fazer este “trabalho” e por receber tanto carinho de todas estas famílias.

Uma terapeuta também chora, sim
Eu choro, sim… e ainda bem❣️

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem Google

Silêncio é fundamental para o parto

O silêncio é fundamental quando está a decorrer um parto.
Porquê?

Porque silencia o Neocórtex, a parte do cérebro mais racional que está ligada ao intelecto e à linguagem. O Neocórtex, entre as várias funções que desempenha, é o responsável por recolher a informação, analisar, racionalizar, avaliar e criar todo o tipo de cenários.

Posto isso, é esta a parte que irá ativar o Sistema de Sobrevivência que prejudica o bom desenvolvimento do parto. Recorde-se que é bastante comum e habitual a grávida estar com algum medo do parto e, quando este processo acontece, pode haver uma alteração na produção de hormonas e um desvio no curso do nascimento, tornando-o mais duro e diferente do que está previsto pela natureza.

Na sociedade atual, damos mais importância e usamos mais a parte racional do que a parte animal do cérebro. Assim, nem sempre é fácil silenciar o Neocórtex. No entanto, é fundamental que perceba a importância do silencio para deixar a sua parte mais animal liderar o nascimento.

O obstetra francês Michel Odent afirma que a mãe, apenas necessita de 3 condições para dar à luz: silêncio, sossego e sentir-se protegida.

Quando a mãe está relaxada, as hormonas fluem e o parto decorre mais rapidamente e mais tranquilamente.

Recordo-lhe que somos o único mamífero que duvida da sua capacidade de parir. As crenças e medos podem afetar o corpo e a produção de hormonas. Assim, o nascimento fluirá melhor quando conseguir deixar-se levar, com confiança em si e na sua equipa de nascimento, silenciando a sua parte racional (Neocortex).

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Crédito imagem: aprendizadosdemae.com

Bebé fica mais agitado com a ansiedade da mãe

Qual a relação entre uma mãe ansiosa e um bebé agitado?
Está demonstrado que o bebé percepciona a forma como a mãe se sente. Por isso, fica mais agitado ou inseguro com a ansiedade da mãe.


Algumas mães sentem-se mais ansiosas, inseguras ou frustradas no período de pós-parto. É natural pois, quando nasce um bebé nasce também uma mãe.

Tal como bebé contacta com o mundo pela primeira vez, esta nova mãe está a adaptar-se a um novo mundo, uma nova vida. E nem sempre é fácil ajustar-se a esta nova realidade com um pequeno ser à sua responsabilidade.
Apesar de estar apaixonada pelo seu bebé, é natural que se sinta insegura, com medo de não estar à altura do desafio ou até que aconteça algo ao novo e grande amor da sua vida.



Mas atenção ao “efeito espelho”!

O bebé espelha as emoções da mãe e, se sentir ansiedade, frustração ou medo, fica mais irrequieto ou ansioso. Assim, a mãe fica ansiosa, o bebé sente a ansiedade e fica mais irritável. Tudo isto aumenta a ansiedade da mãe e é sentido pelo bebé. Por estes motivos é realmente importante que o bebé sinta a sua mãe mais relaxada e é particularmente importante cuidar da forma como te sentes para evitar o círculo vicioso.

Círculo vicioso: mãe ansiosa, bebé agitado e mãe ainda mais ansiosa

Calma e tranquilidade são imprescindíveis para que o recém nascido se habitue ao mundo num ambiente harmonioso. Nem sempre é fácil pois as inseguranças, a frustração, as dúvidas e o cansaço extremo levam a mãe quase ao limite das suas forças.


Relaxa, experimenta!

Uma das formas mais eficazes de acalmar a frustração e ansiedade é o relaxamento terapêutico. Os acompanhamentos que faço a grávidas levaram-me a criar uma meditação, com técnicas de Hypnobirthing, especificamente para as mães em pós-parto.

Embora aches que não tem tempo para estar a meditar quando há tanto por fazer com um recém nascido, experimenta e sente a diferença ao fim de uns dias.


Sempre que te sentires indecisa, desanimada, cansada, recorda-te que é também uma “recém-nascida” neste novo mundo da maternidade.

Como todos os recém-nascidos, irás aprender ao teu ritmo, com a tranquilidade e a calma de que o teu bebé precisa e fazendo sempre o melhor que sabe e pode.
E não te cobres demasiado, respira, relaxa, tranquiliza e verás que tudo fica bem mais leve!


Se ainda tens dúvidas se o Hypnobirthing é ajustado às tuas preferências, experimenta os áudios gratuitos do canal do Youtube Parto sem Medos com Hypnobirthing.

Também podes participar dos eventos gratuitos que faço regularmente. São normalmente anunciados na página do Instagram, aconselho-te a ativar as notificações para ter a certeza de que as recebes. Se te fizer sentido, dá o passo seguinte escolhendo a opção de acompanhamento que mais te convém e deixa a magia acontecer!


Se te fizer sentido, segue a página CRIA- Filhos confiantes que te ajudará a tornar esta caminhada bem mais leve.


Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos com Hypnobirthing

Parto mais agradável com o Hipnoparto

O Hipnoparto aponta 4 fatores de sucesso para um parto mais agradável. Para mim, são os mesmos que definem o sucesso de qualquer parto, seja ele por Hypnobirthing, ou Hipnoparto em português, ou não.

1. Quando e onde e como nasce o bebé.

Quando: A data de nascimento é muito importante. Há consequências e benefícios em respeitar o tempo do seu bebé. Costumo dar o exemplo do esforço desenvolvido para apanhar um tomate bem maduro, versus o esforço em apanhar um tomate verde.

Onde: O ambiente no qual a mãe dá à luz faz toda a diferença. É fundamental criar o ambiente propício para o parto. Um ambiente resguardado, íntimo, calmo e sereno.

Como: Quer seja um parto vaginal ou por cesariana, com ou sem ajuda farmacológica e instrumental, induzido ou espontâneo, todos os nascimentos podem ser uma experiência harmoniosa, desde que a mãe seja respeitada em todas as etapas, mesmo quando há imprevistos.

2.Quem está com a mãe

A atuação do companheiro de nascimento é um dos principais fatores de sucesso. No Hypnobirthing o companheiro de parto é preparado(a) para saber desempenhar o seu papel, com confiança. Tanto durante toda a gravidez como durante o parto da sua companheira. O método também permite ter o bebé sem acompanhante, desde que se tenha preparado para isso.

O parto é um dos mais importantes momentos da vida, porque deixar nas mãos de terceiros o seu sucesso?

3. Aprender e praticar

Talvez o ponto mais importante.
Aprender: Conhecer todas as situações, os benefícios e riscos de cada intervenção. Este conhecimento é fundamental para dar confiança à mãe. O conhecimento desenvolve a confiança.

Praticar: A prática, no caso do Hypnobirthing, é outro fator de sucesso. Desenvolve os automatismos necessários para que as técnicas decorram naturalmente, sem necessitar de pensar nelas. Por isso é uma das razões pelas quais este método é tão eficaz.

No parto uma contração só dura um minuto
Durante o parto, a mãe Hypnobirthing pratica afirmações e visualizações que ajudam o seu corpo.

Tal como qualquer objetivo importante de vida, a aprendizagem e preparação é fundamental.

Além do Curso de Preparação para o Nascimento, aprenda também a libertar a ansiedade durante a gravidez e a ter um parto mais confortável.

A preparação da mente para o nascimento é a base do Hypnobirthing, mas não é um acompanhamento por Hypnobirthing. Saiba mais no nosso siteFacebook e Instagram

Hypnobirthing na revista De Mãe para Mãe

Artigo publicado na revista De Mãe para Mãe em Outubro de 2019.

EM QUE CONSISTE O HYPNOBIRTHING?
O Hypnobirthing trabalha as emoções e a mente da mãe através da hipnoterapia. Esta técnica “reprograma-a” para eliminar os medos e as ansiedades que atrapalham todo o processo de nascimento. Assim, com estas ferramentas aprende a deixar o seu corpo trabalhar em harmonia.

Em 1942, em Inglaterra, o obstetra inglês Grantly Dick-Read demonstrou no seu trabalho “Childbirth without Fear” que o tempo e as dores do parto aumentam pelo medo e tensão da mãe.

Inegavelmente, a mulher que sente medo fica tensa. E essa tensão provoca o aumento da dor. Read explica que a tríade “Medo–Tensão–Dor” é a principal responsável pelo aumento do sofrimento no parto.

Contudo, quando a mulher engravida, influências desfavoráveis, juntamente com o medo e um ambiente de nascimento inadequado, criam um entorno que ela interpreta como sendo uma situação de perigo da qual quer fugir. No entanto, não podendo fazê-lo, origina-se uma tensão protetora. Esta tensão dificulta a coordenação muscular e a produção de Ocitocina. É tudo isto que determina e influencia o grau de dor. A dor aumenta a tensão, que por sua vez aumenta o medo, e assim se instala um círculo vicioso: Medo-Tensão-Dor.

COMO É QUE O HYPNOBIRTHING PODE AJUDAR?

O Hypnobirthing começa por ajudar a mãe a compreender o impacto do medo e outros pensamentos limitantes sobre o parto e a maternidade. Aumenta a confiança e segurança, com uma gravidez positiva e informada. Este método ajuda a que a mulher se familiarize com o seu corpo, percebendo que este está naturalmente desenhado para conceber, gerar e dar à luz. O Hypnobirthing também prepara a mãe para conhecer a psicologia do nascimento. Ajuda-a a perceber como o estado de espírito e as hormonas facilitam ou prejudicam todo o processo.

QUAL O PAPEL DO PAI OU PARCEIRO DE NASCIMENTO?

O pai, ou parceiro de nascimento, também é preparado para saber exatamente o que fazer durante toda a gravidez e no nascimento. Este é, inclusive, um dos fatores-chave para o sucesso do método. Com a ajuda de diversos exercícios, mãe e pai trabalham em conjunto no parto, independentemente da forma como decorre. Saberão como agir em qualquer circunstância para que o nascimento seja uma experiência positiva, harmoniosa e inesquecível.

MAIS VANTAGENS SOBRE HYPNOBIRTHING:

Estudos demonstram que o Hypnobirthing reduz a duração do trabalho de parto, reduz o nível médio de dor e ajuda a diminuir a intervenção médica e uso de fórceps ou ventosa. Assim, a taxa de cesarianas é mais baixa para quem recorre a este método. Também a necessidade de utilização de Epidural baixa. A hipnoterapia foi reconhecida como “terapia válida” pela British Medical Association em 1892 e, novamente, em1955.

O nascimento não tem de ser doloroso e há forma de ter uma experiência positiva. Cada viagem de nascimento é única e é possível que todas as mães, e pais, tenham uma experiência fantástica. È um momento de total plenitude que ficará registada para sempre na sua memória.

Revista De Mãe para Mãe – Outubro de 2019

Hypnobirthing na Revista Crescer

Hypnobirthing em destaque na na revista Crescer- Especial Gravidez de dezembro de 2019

Desde que Megan Markle disse que fazia Hypnobirthing, seguindo os passos da cunhada e de tantas outras figuras públicas, o método tem vindo a ganhar mais visibilidade. Mas ainda há muito desconhecimento sobre esta filosofia que permite um nascimento mais rápido, fácil e harmonioso. 

Hypnobirthing, ou Hipnoparto em português

O Hypnobirthing, ou Hipnoparto, é um método de preparação para o nascimento assente nas mais recentes evidências científicas que ajuda a dar à luz de forma fácil, confortável e harmoniosa. Estar calma, tranquila e ter profundo conhecimento do seu corpo é essencial para deixar fluir todo o processo de nascimento pois a Ocitocina, a hormona responsável pelo parto, produz-se com níveis muito baixos stress. Assim, conhecer o seu corpo, saber relaxar e libertar todos os medos e tensões ajuda a reduzir o desconforto do período de nascimento. O Hypnobirthing trabalha as emoções e a mente da mãe, substituindo os seus medos por segurança e confiança na sua capacidade de dar à luz deixando assim o seu corpo trabalhar em completa harmonia com o bebé. 

Parto mais confortável

Está demonstrado que a mãe que fez Hypnobirthing frequentemente sente menos dor, tem menos necessidade de intervenção médica, tem menor tempo de trabalho e menos necessidade de ajuda instrumental e farmacológica no nascimento.
O pai ou companheiro de nascimento também tem uma preparação para estar confiante e saber exatamente o que fazer durante toda a gravidez e no parto da sua companheira sendo inclusive um dos principais fatores de sucesso do método. Com a ajuda do Hypnobirthing, mãe, bebé e pai e trabalham em conjunto para que o nascimento seja uma experiência positiva, harmoniosa e inesquecível.

Crenças enraizadas de Parto com dor

Comecemos pelo princípio: quando se pensa na palavra “parto”, qual a primeira imagem que vem à mente?

Na maioria das vezes, é a imagem de uma mulher, no hospital, a gritar de dor junto de um companheiro à beira de um ataque de nervos. Este é o cenário que tem sido construído pela sociedade moderna ao longo dos anos. É desta forma que os partos são retratados e é a imagem que permanece na mente de muitas pessoas. 

Tudo começa quando, desde pequenina, a mulher ouve falar das dores de parto, das horas de sofrimento e da dificuldade que é dar à luz. Todas estas crenças vão ficando enraizadas na sua mente, sendo reforçadas pelos filmes e relatos de vivências de mulheres que conhece. 

Quando engravida, parece que a situação piora, pois o seu estado leva a que muitas mães, na maior inocência, partilhem com ela as suas experiências que nem sempre são as mais favoráveis. Tudo isto ajuda a intensificar um cenário de ansiedade e a mente da grávida vai ficando cada vez mais cheia de inputs negativos. Quanto mais vai avançando a gravidez, mais essas crenças e ideias vão intensificando o seu medo e mais nervosa ela se sente e até as grávidas mais descontraídas começam a ficar ansiosas quando se aproxima o final do tempo. 

Mulher tensa = colo tenso – Mulher em relaxamento = colo dilatável

Tal como foi demonstrado pelo obstetra inglês Grantly Dick-Read, o primeiro a debruçar-se sobre este tema, o tempo e as dores do parto aumentam pelo medo e tensão da mãe. Segundo ele, a tensão e o medo criam uma situação que é interpretada como sendo de perigo. Não podendo fugir, origina uma tensão protetora que dificulta a coordenação da contração muscular e a produção da Ocitocina, a hormona responsável pelo nascimento. A dor aumenta a tensão e assim se cria um ciclo vicioso: Medo – Tensão – Dor. 

Quanto mais medo tem, mais tensa fica a mulher e mais dor sente. Quanto mais dor sente, mais medo tem e assim se instala o ciclo. 

Ao explicar o mecanismo nervoso pelo qual o medo causa a dor da contração uterina, Read sintetizou seu conceito como “Mulher tensa = colo tenso – Mulher em relaxamento = colo dilatável”. O obstetra publicou no seu trabalho “Childbirth without Fear” que a confiança, compreensão e ausência de medo são fatores essenciais para um parto confortável. Este livro serve de base para o Hypnobirthing, que foi posteriormente desenvolvido para preparar as grávidas para um nascimento tranquilo, sem medos ou ansiedade.

Através de sessões de relaxamento profundo, a mulher aprende a confiar no processo natural do nascimento e prepara-se para saber colaborar com o seu corpo e com o seu bebé. 

Relaxamento profundo para “reprogramar” a mente da mãe.

Técnicas que incluem visualização e afirmações positivas em relaxamento profundo ajudam-na a estar calma durante o período de nascimento. Resumidamente, a futura mãe começa, desde cedo, a preparar-se para permitir que seu corpo sábio faça o que sabe para dar à luz em harmonia e sem medos.

Basicamente, o Hypnobirthing utiliza um estado de relaxamento profundo para “reprogramar” a mente da mãe. Ajuda-a a confiar no seu corpo maravilhoso que foi concebido para dar à luz em total segurança. Como o de qualquer mamífero, o corpo da mulher está completamente preparado para esse efeito, basta deixá-lo trabalhar num entorno favorável e com tranquilidade. 

Em termos práticos, como se processa?

Existem várias formas de trabalhar. No meu caso, sou hipnoterapeuta, com formação em Hypnobirthing, e faço workshops e sessões individuais. 

Os workshops servem de introdução ao Hypnobirthing e são, normalmente, complementados por sessões presenciais ou online. 

Dentro das sessões presenciais, o serviço mais procurado é o “Programa Completo de Hypnobirthing” que é composto por 4 sessões+ 1 sessão de oferta para o parceiro de nascimento.  

Nas sessões trabalho tenho uma abordagem única com cada paciente. Não posso ter uma atuação com uma mãe com grau de ansiedade 5/10 igual à que tenho com uma mãe com grau de ansiedade 9/10. Cada pessoa é diferente da outra. Umas são mães de primeira viagem e outras já trazem experiências de nascimento anteriores.

Tudo isto deve ser tido em conta no trabalho com a grávida e, por isso, a primeira sessão requer uma conversa prévia na qual todo o processo é explicado e todos estes pontos são debatidos. Esta sessão demora cerca de 2h e só depois da conversa inicial é que começamos o trabalho de relaxamento hipnótico, adaptado a cada situação. 

Hipnoterapia para remover crenças limitantes

A situação ideal é fazer uma sessão logo no início da gravidez para dissociar a recém-grávida da programação inconsciente do parto doloroso que persiste na sociedade moderna. A conversa inicial é, normalmente, em conjunto com o companheiro de nascimento para que o casal entenda o conceito e comece a trabalhar. Depois de aferir o estado da mãe, segue-se o trabalho de hipnoterapia para remover crenças limitantes, dissociar programação inconsciente e bloquear medos e inputs negativos que irá receber ao longo da sua gravidez.

Esta primeira sessão é muito importante para “reprogramar” a mente da mãe com conhecimentos, pensamentos e sentimentos positivos sobre a gravidez e o nascimento. Logo desde a primeira sessão, a gravida leva material de auto-hipnose para trabalhar em casa. 

Alguns parceiros de nascimento fazem também uma sessão presencial se assim o entenderem, pois muitos têm tanto ou mais medo do que a própria mãe, o que é perfeitamente natural. É uma sessão que ofereço em todos os programas de acompanhamento que faço porque é fundamental o papel do pai ou acompanhante, sendo mesmo um dos principais fatores de sucesso do método. A maioria dos parceiros já tem consciência da importância do seu papel no momento do nascimento e trabalhamos em conjunto para que estejam preparados para qualquer circunstância. 

Dar continuidade até ao parto

O processo de Hypnobirthing não termina no final da sessão e é imprescindível dar continuidade com exercícios de auto-hipnose para que a mãe aprenda a trabalhar com a parte mais poderosa do seu corpo: a sua mente maravilhosa. 

A mãe deve fazer o seu “trabalho de casa” regularmente porque o sugestionamento precisa de ser reforçado com regularidade. Após a primeira sessão, a mãe vai fazendo os seus exercícios e volta pelas 30/32 semanas para uma nova sessão, continuando com novos “trabalhos de casa”. Finalmente, entre as 34 e 40 semanas, o ideal é fazer mais uma ou duas sessões totalmente direcionadas para o nascimento, sempre continuando a fazer os exercícios em casa.

Esta é a situação ideal, mas, por vezes, as grávidas já estão no fim do tempo quando descobrem ou se decidem a fazer Hypnobirthing. Nesse caso, adapto uma sessão única à realidade de cada uma, o que por si só já ajuda muito, mas sempre complementada com um passo a passo e exercícios de treino para realizar até ao nascimento. 

Um trabalho conjunto e complementar 

É muito importante esclarecer que o Hypnobirthing é um método com resultados fantásticos mas que implica trabalho e dedicação. 

Algumas mamãs esperam um milagre com uma única sessão, mas este não é um método milagroso. Desenganem-se as que acham que irão “ficar a dormir” enquanto a sua mente é reprogramada como que por magia. 

Não é nada assim… 

O Hypnobirthing usa a hipnose Ericksoniana, uma hipnose conversacional na qual a pessoa está profundamente relaxada e altamente focada. Neste estado de relaxamento profundo, muito parecido com uma meditação, a mãe ouve, responde e participa em todo o processo. Com efeito, é ela que constrói as ferramentas que a ajudarão durante a gravidez e no nascimento.

Quem procura o Hypnobirthing para ter um parto totalmente indolor poderá sentir-se frustrado e é importante esclarecer este ponto. Há mesmo quem acredite que o Hypnobirthing é uma forma de “não ter dor nenhuma sem recorrer à epidural”. 
Também não é bem assim…

Não há milagres

Sabemos que o tempo e as dores aumentam pelo medo e tensão da mãe. O Hypnobirthing trabalha essa componente emocional para que fique completamente relaxada e tranquila, evitando qualquer tensão que possa prejudicar o trabalho de nascimento. Por si só, é um processo que reduz drasticamente as probabilidades de dor, mas seria incorreto prometer um nascimento sem absolutamente nenhum tipo de incómodo. 

Este é um processo de transformação do corpo da mulher que provoca sensações desconhecidas que podem trazer algum desconforto associado. No entanto, relembro que a conexão que o Hypnobirthing promove entre a mãe e o seu bebé ajuda muito neste processo e torna a experiência bem mais poderosa e agradável.

O Hypnobirthing não substitui outros acompanhamentos de saúde materna

É importante esclarecer que o Hypnobirthing não substitui qualquer outro acompanhamento de saúde materna. Cada interveniente tem o seu papel na aprendizagem e preparação da grávida e o Hypnobirthing é um trabalho complementar a todos os outros. No Algarve, por exemplo, trabalho em parceria com o centro de preparação para o parto Pronto a Nascer, em Portimão, para que as mães cheguem ao nascimento emocionalmente preparadas através do Hypnobirthing.

Neste processo, cada um tem o seu papel. Durante os cursos de preparação para o nascimento, a Carla Duarte, enfermeira parteira especialista em saúde materna, trabalha a sua área e eu asseguro o Hypnobirthing. A minha função complementa-se com a experiência de uma profissional de saúde materna, ficando a meu cargo o trabalho emocional com a grávida. É uma parceria recente e um bom exemplo de como complementar valências e saberes tão diferentes para otimizar resultados.

Os profissionais de saúde que fazem partos sabem que não se compara a experiência de uma mãe com medo com a de uma mãe tranquila. Foi esta compreensão que levou à realização da parceria para facilitar todo o percurso da grávida e promover um nascimento mais tranquilo. Gostaria inclusive de replicar a fórmula com mais um ou dois centros em Lisboa pois os resultados são benéficos para todos, principalmente para as mães. 

Em estreita colaboração, cada profissional atua na sua área de intervenção e estamos, inclusive, a desenvolver conteúdos para estender a parceria para o pós-nascimento, que é uma fase importantíssima na vida de toda a família. 

Cuidar da mãe

Acredito firmemente que, quando nasce um bebé, nasce uma nova mãe família. Este período requer toda a dedicação e acompanhamento. Contudo, na minha opinião, em Portugal, ainda não há a tradição de cuidar da nova mãe que acabou de dar à luz como existe noutras culturas onde é honrada, nutrida e acarinhada. É um período de recolhimento para recuperar física e energeticamente e, só após a completa recuperação, volta aos seus afazeres habituais. São tradições diferentes da nossa e com as quais me identifico. 

Atualmente, há uma pressão social muito grande sobre as mães para que tratem do bebé, recuperem fisicamente e voltem rapidamente à “vida normal”. Esta recuperação acelerada deixa muitas vezes marcas emocionais que se manifestam mais tarde. A meu ver, é urgente alterar este comportamento e importante prevenir e tratar algum desajuste emocional resultante deste período. Assim, evitam-se repercussões na vida da mãe e da família. É um trabalho que estou a desenvolver, direcionado para o acompanhamento das novas mães no período de pós-nascimento. 

Um nascimento consciente e inesquecível

O Hypnobirthing trabalha também outra vertente muito importante e pouco falada: ajuda a mãe a recuperar o seu poder pessoal num nascimento humanizado.

Há mães que se apresentam com um grau de ansiedade aparentemente baixo e, com o decorrer da conversa inicial, verifica-se que existe um medo não assumido. Assim, quando exploro a razão, normalmente prende-se com um certo incómodo ou até alguma vergonha de sentir esse medo. Encontramos aqui outra crença, a de que a grávida tem de estar disposta a sofrer muito pelo seu bebé. É quase como se houvesse uma relação direta entre o grau de sofrimento da mãe e o grau de amor que tem pelo filho. 

“Dor parida é dor esquecida”

Por exemplo, há mães que passaram por bastante desconforto físico para ter o seu primeiro filho de parto natural. Acima de tudo estão profundamente orgulhosas de o ter tido desta forma, sem recorrer a ajuda química.

As expressões como “Doeu muito, mas já nem me lembro porque valeu a pena” ou o velho provérbio “Dor parida é dor esquecida” reforçam um suposto esquecimento do sofrimento. No entanto, muitas destas mulheres estão, obviamente, apavoradas com o que as espera no segundo filho. Vivem sentimentos contraditórios porque não querem passar pelo mesmo, mas também têm algum pudor ou vergonha de pedir ajuda.

Nestes casos, trabalham-se os medos e ansiedades naturais do parto, mas também o “empoderamento” da mulher. É fundamental que ela possa tomar as suas decisões, de acordo com a sua sabedoria interna, sem se preocupar com opiniões de terceiros. A sua intuição, juntamente com o seu corpo sábio saberão o que decidir se ela não estiver limitada por ideias pré-concebidas, desconhecimento ou medo de julgamentos. Ao longo das sessões, entende que o processo de dar à luz é perfeitamente natural e não tem de ter experiência de dor associada. Tendo esse conhecimento, ela resgata o seu poder de decisão e escolhe o melhor. 

Um parto não é uma demonstração de capacidade de sofrimento mas sim uma experiência tranquila e de total plenitude.

Recuperar o poder da mulher

Um parto não é uma demonstração de capacidade de sofrimento. Deve ser, antes de mais, uma experiência tranquila e de total plenitude. É um nascimento informado, sem obrigações e sem medos. Se a grávida achar que deve mudar de ideias e aceitar alguma ajuda que não tinha previsto, é uma decisão que tomará em consciência, sabendo o que é melhor para ela e para o seu bebé. 

Por exemplo, há mães que se preparam para um nascimento natural e, em determinada altura, mudam de ideias porque percebem que precisam de ajuda farmacológica. Fazem-no em consciência, escolhendo o melhor para elas e para o bebé. Em contrapartida, há o exemplo oposto, as mães que se preparavam para recorrer a ajuda química e ficaram agradavelmente surpreendidas com a facilidade e naturalidade com que decorreu o nascimento sem qualquer necessidade de ajuda. 

É este poder que a mulher recupera no Hypnobirthing. Resgata a confiança em seguir os seus instintos e sabedoria interna, totalmente em paz consigo própria, sem questionar a sua capacidade inata de dar á luz.

Nascimento cada vez mais humanizado 

Outro esclarecimento importante: o Hypnobirthing está muitas vezes associado ao parto natural ou a nascimentos em casa, o que não é verdade. Uma das premissas do método é preparar a mãe e companheiro para qualquer tipo de nascimento. E pode ser no hospital ou em casa, na água ou na cama, natural com ou sem ajuda analgésica, com ou sem intervenção cirúrgica… 

O importante é que seja um nascimento humanizado onde a mulher é respeitada, sem intervenções desnecessárias e não consentidas. 

Esta é inclusive uma recomendação da Organização Mundial da Saúde que reconhece que cada trabalho de parto é único e varia de uma mulher para outra. Na nova recomendação sobre nascimentos e partos, emitida no dia 15 de fevereiro de 2018, a OMS vem pôr em causa orientações que foram adotadas durante décadas. O novo documento inclui o direito a ter um acompanhante à sua escolha durante o trabalho de parto. Respeita as opções e tomada de decisão da mulher na gestão da sua dor e nas posições escolhidas. E ainda o respeito pelo seu desejo de um parto totalmente natural, até na fase de expulsão. A própria OMS reconhece que “muitas mulheres preferem um nascimento natural e confiam nos seus corpos para dar à luz o seu bebé sem intervenção médica desnecessária.” 

Felizmente, o cenário está a mudar e a caminhar para nascimentos cada vez mais menos medicalizados e mais humanizados.

Cada pessoa é única, cada caso é único. O importante é que todas as mulheres e companheiros, sem exceção, tenham uma experiência de nascimento humanizada, bela e de total plenitude.

Este é um momento único e mágico com um universo inteiro de sentimentos e emoções que ficarão para sempre na memória da família. 

Parto mais curto com Hipnoparto

Os estudos demonstram que o Hypnobirthing, Hipnonascimento ou Hipnoparto está associado a um parto mais curto. Isto porque a grávida trabalha em colaboração com o seu corpo.

Os estudos demonstram que o Hypnobirthing está associado a partos mais curtos .

– Passa de 9,3 horas para 6,4 horas (de média, nas mães de primeira viagem) e de 6,2 horas para 5,3 horas (nas outras mães).

Está também associado a um parto mais confortável e, por isso com mais incidência no parto natural. 84 a 99% dos partos por Hypnobirthing são espontâneos, sem qualquer intervenção.

Mas o método é para todo o tipo de partos, não só para parto natural.

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Mas o método é para todo o tipo de parto, não só para parto natural.

Experiência mais positiva
Numa escala de 0 a 10 sendo o zero sem dor e o 10 muita dor, as mães Hypnobirthing tendem a atingir o máximo de 6. É uma fase de transformação do corpo que pode trazer algum desconforto, mas que não é descrita como dolorosa ao dar à luz com todos os benefícios que traz a curto e longo prazo para a mãe e para o bebé.

Em Inglaterra, o Hypnobirthing é reconhecido e comparticipado pelo S.N.S, desde 2011 e nos hospitais desde 2014. Em Portugal ainda é pouco conhecido mas reconhecido por quem o pratica.

E porque se chama Hypnobirthing?

“Birthing” quer dizer nascimento e “Hypno” de Hipnose, porque tem a componente de relaxamento que é feita com técnicas de hipnose clínica. A hipnose conversacional, simplificando ao máximo, não é nada mais de que o uso adequado da linguagem para mudar a forma como nos sentimos e como o corpo reage.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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