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Treinar e preparar o parto

A consistência em treinar as técnicas é a chave do sucesso do Hypnobirthing . E porque é tão importante treinar e preparar o parto?

Costumo dizer que o Hypnobirthing funciona com todas as mulheres mas não é para todas as mulheres. Isto porque requer um compromisso de aprendizagem e prática, quase diária no final da gravidez.
Vamos perceber a razão: simplificando ao máximo, imagine um iceberg, sendo que a mente consciente é o topo e o subconsciente e o inconsciente é a imensa parte de baixo do iceberg.

A maior parte das técnicas de Hypnobirthing foram desenhadas para trabalhar com a parte de baixo do iceberg, ou seja, diretamente com o seu inconsciente.

É nesta parte de baixo que estão guardadas todas as suas crenças, memórias e vivências. Todas as imagens e filmes que viu, as conversas e relatos que ouviu, as crenças que lhe incutiram desde pequena e que formou sobre o parto.

Ao longo da gravidez estas crenças e receios vão sendo libertados e trabalhados, dando-lhes novos significados. Por isso, é tão importante a prática regular e uma das razões pelas quais este método é tão eficaz.

Criar automatismos

O treino também permite o “automatismo”. Recorde-se do estado em que fica quando vai a conduzir, e se distrai a pensar na vida: vai de um ponto a outro e não se recorda do caminho que seguiu porque estava “em automático”.
O treino desenvolve os automatismos necessários para deixar o seu corpo trabalhar, automaticamente, sabendo, instintivamente, o que fazer.

Assim, quando não tem tempo ou vontade de fazer a meditação, pratique a respiração, leia um relato de parto positivo, faça umas afirmações e visualizações mentais. O importante é incorporar estas pequenas técnicas regularmente para alicerçar os automatismos.

Não veja como uma obrigação nem uma carga diária, muito pelo contrário. Estes exercícios são relaxantes e vão ajudar a que se sinta mais positiva e encare o parto com positividade e confiança.

E lembre-se sempre que o seu corpo é maravilhoso e está desenhado na perfeição para produzir o milagre da vida. Assim, admire-se e confie em si e na sua capacidade em dar à luz.

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A Adrenalina é inimiga do parto

A Adrenalina, uma hormona, completamente indesejada no processo de nascimento, tem efeitos sobre o sistema nervoso, endócrino e imunitário e torna o parto mais lento e mais doloroso. A Adrenalina é assim considerada, a inimiga do parto

Quando temos medo, produzimos Adrenalina e entramos em Modo de Sobrevivência. Neste estado, os músculos não recebem a irrigação sanguínea necessária porque, no Modo de Sobrevivência, o sangue vai para as extremidades em vez de irrigar o útero. A redução da irrigação sanguínea torna o parto mais difícil, podendo afetar também o bem-estar do bebé. Em alguns casos, pode mesmo levar ao Stress Fetal.

A produção de Adrenalina inibe a produção de Ocitocina e Endorfinas (as hormonas que promovem o bem-estar) criando um desnível hormonal que prejudica o bom desenvolvimento do parto e tornando-o mais doloroso.

Quando o útero trabalha em tensão e é mal irrigado o parto torna-se bem mais difícil e doloroso.

Por todos estes motivos, é muito importante encontrar formas de evitar entrar em Modo de Sobrevivência porque é o responsável pelo aumento da Adrenalina.

Assim, tenha esse objetivo em mente, tanto na gravidez como no parto e, sempre que se sentir tensa, pratique alguns exercícios de relaxamento.

Projetar cenário em relação a situação de pandemia é uma fonte de Adrenalina, daí a importância de se manter ocupada com afazeres que lhe dão prazer para bloquear este tipo de pensamentos e cenários.

Ajuda bastante ter à mão, “um kit de prazer” composto por filmes, livros, música alegres… todo o tipo de coisas que lhe dão prazer e a desviam de pensamentos menos positivos.

Agora que compreende a importância de evitar a tensão, aprenda também uma respiração que ajuda a relaxar e acalmar.

Comunique com o seu bebé durante a gravidez

As mães já o sentem mas estudos recentes demonstram como é importante comunicar com o bebé na barriga. Esses estudos afirmam que o bebé ouve e aprende. Inclusive, na última fase da gravidez, o seu cérebro começa a absorver informações adquiridas ainda no útero.
Se ainda não o faz, comunique muito com o seu bebé durante a gravidez!

Para o psicólogo Roberto Debski, a comunicação entre mãe e bebé é uma realidade. Hoje cada vez mais estudos comprovam que tudo o que a mãe sente reflete-se imediatamente no bebé.

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Assim, estas descobertas aumentam a responsabilidade da mãe e do pai durante a gravidez. “Esse cuidado vai além dos cuidados pré-natal, dos exames necessários e da preocupação com o parto. Os pais devem ter em mente que precisam de se cuidar também emocionalmente para que esse bebé se desenvolva, nasça e cresça como uma criança saudável também nas suas emoções” afirma Debski.

Como terapeuta de Hypnobirthing, tenho por hábito promover alguns exercícios que ligam a mãe ao seu bebé e, assim, promover a ligação e comunicação entre os dois. O pai também, é envolvido aquando da prática em casal.

É importante porque a falta de ligação ou as emoções negativas podem afetar o bebé e criar problemas futuros. Como hipnoterapeuta, encontro vários “traumas” em adultos que se prendem com emoções que sentiram enquanto bebés.

Assim, tenho sempre o cuidado de sensibilizar os pais para o facto do bebé sentir tudo o que a mãe sente e assim promover a comunicação positiva entre todos.

5 dicas para comunicar com o seu bebé, na barriga

1. Fale 
Fale com ele, pausadamente, tranquilamente em voz alta ou em pensamento. Conte-lhe tudo o que é positivo, como foi o seu dia, como é cada pessoa da família… Mas cuidado , só conversas positivas.

2. Brinque 
A barriga já cresceu e a mãe já o sente mexer. Vá brincando com pequenos movimentos e veja se responde, poderá surpreender-se!

3. Dê-lhe música
Parece que a música clássica seria a mais adequada, no entanto, acredito que qualquer música que deixe a mãe feliz deixa o bebé feliz também. Claro que não pode ser música muito pesada mas qualquer música que agrada à mãe agradará ao bebé porque ele está ligado às suas emoções.

4. Relaxe
Os estudos indicam que quando esta relaxada produz as hormonas da felicidade e reduz a Adrenalina por isso quanto menos ansiedade, melhor. Para o bebé e a mamãe.
Quando relaxa ou medita, convide o seu bebé a participar também. O programa de Hypnobirthing tem vários áudios para promover esse relaxamento com afirmações positivas. Principalmente após um dia agitado, quando o bebé se mexe muito, experimente dizer-lhe “vamos descansar agora, filho?”, relaxe e surpreenda-se com a reação.

5. Declare-se
Por último, e talvez mais importante, declare todo seu amor ao seu bebé. Diga-lhe que é bem vindo, que o ama, que ele é fantástico, que vão ser muito felizes…
Quem não gosta de saber que é amado? Seja em forma de canção, carinhos na barriga ou conversando mesmo . Vale também beijinhos na barriga de quem está com a mãe e ligado ao bebé.

Demonstre todos os dias que ama o seu bebé, acredite que faz toda a diferença!

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Saúde emocional da grávida em tempos de pandemia

Numa altura de incerteza como esta, é fundamental cuidar da saúde emocional da grávida enquanto gera o seu bebé. Principalmente em tempos de pandemia, passa a ser uma prioridade.

Neste contexto de incerteza, é natural que a tensão e ansiedade da grávida dispare. E a forma como vive a sua gravidez pode refletir-se no desenvolvimento do seu bebé e no desfecho da própria gravidez. Cada pensamento produz uma emoção e reação no seu corpo. Tudo isto afeta o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Mãe ansiosa, bebé ansioso

Foi demonstrado recentemente que grávidas ansiosas transmitem esse padrão de comportamento ao bebé, o que pode gerar futuros adultos igualmente ansiosos.

Recorde-se que cada pensamento produz uma emoção e cada emoção produz uma reação no corpo e afeta o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Por essa razão, hoje, mais de que nunca, é fundamental que se proteja a ela a ao bebé, aprendendo a cuidar da sua saúde emocional enquanto gera o seu bebé.

Por exemplo, sob stress e ansiedade produz mais Adrenalina e Cortisol. Em contrapartida quando está calma produz mais Ocitocina e Endorfinas.

Quando se cuida emocionalmente encontra mais paz e serenidade e tudo flui melhor. Além disso, também se reflete no aspeto físico, com uma imunidade melhorada e saúde fortalecida.

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Aprenda a libertar a ansiedade antes do parto neste apoio online totalmente gratuito .

Este serviço é gratuito e pode ser feito em de qualquer parte do país.

Partilhe com outras grávidas e não tenha receio, nem vergonha, de pedir ajuda.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Hipnoparto funciona sempre, mas não é para todas as grávidas.

Costumo dizer que o Hypnobirthing, ou Hipnoparto em português, funciona sempre. No entanto não é ideal para as mulheres grávidas.

E porquê?
Porque requer compromisso, trabalho, aprendizagem e treino.
Porque leva tempo e é necessário dedicação, tal como qualquer objetivo que queira atingir na vida.

E nem todas as grávidas têm este tempo.
E nem todas as grávidas querem assumir o controle e poder do seu parto.
E está tudo certo pois cada mulher é única e tem as suas próprias motivações e desejos.

Um exemplo: já reparou que a maioria das mães, quando falam do parto usam a terceira pessoa?

– “fizeram-me”
– “decidiram”
– “deram-me”
– “levaram-me”
Raramente dizem: “fiz” ou “fizemos”, “levei”, “fui”, “decidi” ou “decidimos”.

A mãe preparada por Hypnobirthing, diz: “decidi”, “fiz”, “tomamos esta decisão em conjunto com o médico”, por exemplo.

É o seu corpo, o seu parto e o seu bebé. Então, porque é que a mulher nem sempre tem o papel principal no nascimento?

Porque a educação, aliada à medicalização do parto, faz com que muitas mulheres adotem um papel passivo.

E por que razão tomam este papel passivo?

Principalmente porque, deixando o feminismo de lado, crescemos numa sociedade patriarcal. Fomos educadas para obedecer e respeitar a autoridade e não a questionar. Isto aconteceu ao longo de toda a vida, na escola, no trabalho e em sociedade.
Como considera o médico ou o pessoal hospitalar figuras de autoridade, é natural que, durante o parto, tome, inconscientemente, esta atitude submissa de paciente. Na maioria das vezes, irá fazê-lo sem pensar, mas outras vezes será apenas para evitar problema. E também por ter algum receio em não ser tão bem tratada se assumir outro papel.

É natural que pense: “Sim, está bem, mas os médicos é que sabem!” ou “O que é que vão pensar de mim?” ou até “E se alguma coisa corre mal?”.
Claro que os profissionais sabem o que estão a fazer, mas é importante que os pais se sintam envolvidos nas decisões e em todas as opções, além de que é um direito que é deles por lei.

Questionar para entender

Questionar e querer ser envolvida, não significa que não aceite os procedimentos. Significa que, para os aceitar, têm de lhe fazer sentido.
É perfeitamente legítimo querer saber mais antes de concordar com algo que lhe seja proposto.

No caso do parto, ainda muitas mulheres desconhecem que não lhes podem fazer absolutamente nada, sem o seu consentimento. Assim, quando tomam uma atitude de obediência e submissão correm o risco de prejudicar a experiência de parto, pois sentem que não têm controlo e não se envolvem no processo.

Reclame o seu papel de protagonista

Pode, e deve, reclamar o seu papel principal e assumir o controlo do seu próprio parto. Tem o direito à decisão. Pode fazer perguntas que poderão mudar totalmente o rumo do parto e que terão um impacto enorme na experiência que marcará a sua vida e a maternidade.

Que fique claro que isto não é nenhum incentivo para ir contra as indicações médicas, muito pelo contrário.

É apenas uma chamada de atenção para que saiba os seus direitos e tome consciência de que a sua proatividade. E isto influenciará toda a gravidez e experiência de nascimento.

Uma mãe Hypnobirthing abraça o seu nascimento com confiança, porque está informada e tem todo o conhecimento. Só conhecendo todos os elementos pode tomar decisões conscientes ao longo de todo o processo.

Na formação abordamos temas que poderá achar desnecessários, mas que permitirão que se sinta informada e confiante. Irá, inclusive, aprender um método que a ajuda em todo o processo de tomada de decisões e será muito útil sempre que tem alguma dúvida, ou desconhece algum procedimento.

Informação, a principal ferramenta dum parto positivo

Partimos da premissa de que se estiver informada, terá a confiança necessária para saber tomar as melhores decisões. Por essa razão, a formação completa de Hypnobirthing está desenhada para informar os pais de todos os cenários possíveis. Assim, sentir-se-ão confiantes em todo o processo, independentemente do rumo do parto.

A informação é o primeiro pilar para obter confiança. Uma mãe Hypnobirthing aprende, estuda e percebe todo o processo, estando preparada para todas as eventualidades.
É um processo que requer aprendizagem, trabalho e entrega e essa é uma das razões pela qual não é para todas as mulheres.
E está tudo bem!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Causas e consequências do trauma de parto

Um trauma de parto pode deixar sequelas emocionais e até físicas. Lamentavelmente são ainda muitas as mulheres que passam por esta situação. Vamos perceber as causas e as consequências dum parto traumático.

O parto traumático é definido como “um evento que ocorre durante o trabalho de parto ou no momento do parto. Este envolve uma lesão física da mulher ou do recém-nascido. Esta lesão pode ser real ou simplesmente ser um medo profundo de que a mesma aconteça. Durante esse evento, a puérpera experimenta medo intenso, desamparo, perda de controle e horror”. (Zambaldi 2009)

As mulheres que tiveram um parto traumático também podem desenvolver sintomas ligados aos distúrbios de ansiedade e Transtorno do Stress Pós-Traumático (TSPT). Fobias relacionadas com o evento traumático (medo de médico, aversão a hospitais). Distúrbios alimentares como compulsão ou perda de apetite, distúrbios do sono. Também sintomas psicossomáticos tais como problemas de pele, cabelo ou digestivos, (gastrite). A vida sexual fica comprometida devido ás dores na região pélvica. São frequentes problemas com auto-estima devido às cicatrizes. Deprimida a mulher recorre ao isolamento, o que se refletem na sua vida familiar e social.

Experiências traumáticas

Algumas experiências durante o trabalho de parto trazem uma carga emocional que faz com que vivenciem o evento como psiquicamente traumático. Principalmente quando ocorrem complicações obstétricas, ou complicações neonatais. Também, a Cesariana ou outro procedimento de urgência, o uso de fórceps ou vácuo podem ajudar a que o parto seja visto como um evento traumático.

É comum os profissionais de saúde reconhecerem um parto traumático como um parto que levou a injúrias físicas para a mulher ou para o recém-nascido. Mas, o parto traumático ainda é pouco aceite e reconhecido como um evento psiquicamente traumático para a mulher.

Mesmo um parto considerado rotineiro pela equipe de saúde pode ser, para algumas mulheres, um parto traumático.

Está relacionado com a emoção sentida durante o trabalho de parto como o medo intenso de morrer ou medo intenso da morte do bebé. O facto de sentir dor intensa e prolongada ou perceber que a assistência da equipe de saúde é inadequada também interfere.

A falta de informação quanto ao procedimento a que está submetida dá-lhe a sensação de perda de controle. Por fim, uma experiência humilhante é outro fator que contribui para o trauma.

Após viver um parto traumático, algumas mulheres passam a apresentar recordações aflitivas do parto, em imagens, ideias, sonhos. Estes eventos levam a emoções que as obriga a evitar lugares, situações, pessoas que as façam relembrar o parto. Associado a esse quadro, também apresentam hiperexcitabilidade e entorpecimento afetivo, caracterizando-se como TSPT (Transtorno Stress Pós Traumático).

4 temas predominantes

No estudo conduzido por Cheryl Beck (2004), esta identificou 4 temas predominantes:
1) As mulheres tinham sensação de abandono e solidão, sentiam sua dignidade ferida e tinham pouco suporte. Consideravam o atendimento recebido no parto como “mecânico”, “arrogante”, “frio, “técnico” e sem “empatia”;

2) Consideravam falha a comunicação da equipe de saúde, pois discutiam entre eles sem dar as informações sobre o que estava a acontecer;

3) Quando percebiam que o atendimento da equipe de saúde era inadequado, passavam a temer pela sua vida e a vida do bebé;

4) A equipe de saúde considerava um parto de sucesso quando não havia complicações com a mãe ou o recém-nascido, sem dar importância á perceção da puérpera em relação ao parto.

No estudo de Ayres (2007), observou-se que, durante o parto, as mulheres tinham preocupações com o bebé, medo de morrer, pensamentos dissociativos, perda de controle e pouco entendimento do que lhes estava a acontecer.

Já Thomson e Downe (2008), no seu estudo qualitativo, observaram que as mulheres se referiam ao parto como uma violência, tortura ou abuso semelhante a um trauma por agressão física.

Experiência do TSPT

Neste estudo de Cheryl Beck (2004), as mulheres descreveram os seus depoimentos sobre a experiência do TSPT e nos relatos dessas mulheres predominavam os seguintes temas:

1) Durante o dia, as mulheres tinham flashbacks do parto traumático e, à noite, pesadelos. O evento passava-se como um filme na mente delas;

2) As mulheres descreveram ter apresentado experiências dissociativas durante o parto, como sentir-se paralisada, destacada do corpo e sem sentimentos. Uma delas ainda persistia com os sintomas;

3) Elas tinham necessidade marcante de entender o que aconteceu com elas e como foi o parto;

4) Muitas relatavam sentir raiva, ansiedade e depressão;

5) Elas tornaram-se emocionalmente distantes de seus filhos, evitavam estar com outras mães e crianças e passaram a temer ter outros filhos.

21,4% a 34% das mulheres referiram um parto traumático

Três estudos qualitativos e quatro quantitativos sobre o parto traumático mostram que sua prevalência varia de 21,4% a 34% e que a mulher apresenta, durante o trabalho de parto ou o parto, medo intenso de sua morte ou do bebé, além de impotência, desamparo e horror.

O parto traumático está relacionado a partos dolorosos, com procedimentos obstétricos de urgência e com assistência inadequada da equipe de saúde.

CONCLUSÃO: O parto traumático, não é um evento raro e traz consequências negativas para a vida da mulher, podendo inclusive apresentar TSPT. (ZAMBALDI, 2009)

imagem: melhorcomsaude.com.br

Uma terapeuta também chora.

Sim, pode parecer estranho, mas acontece. Uma terapeuta também chora quando nasce um bebé.

A terapeuta é a voz que explica, que conforta, que está sempre lá, firme e confiante.

É a pessoa que escuta, que pergunta, que quer saber como se sente. Com genuíno interesse e sem qualquer julgamento.

A terapeuta interessa-se realmente por conhecer a grávida, o pai, aquela família em particular. Não é mais um acompanhamento, é O acompanhamento!

Sempre que trabalha com uma nova família, também ela se liga aquele bebé que ainda não nasceu. Aquela mãe que está com medo e aquele pai que quer ajudar e, por vezes, não sabe como.

Acompanha-os com todo o amor e acaba por se sentir parte desta família.

Assim, quando recebe uma fotografia com o bebé recém-nascido e lê uma mensagem de agradecimento, como resultado do seu trabalho, a terapeuta também chora.

Sim, chora muitas vezes…

E ainda bem porque, de cada vez que chora, sente que ganhou mais um membro na sua grande família do coração.

E por isso digo sempre na minha apresentação que sou avó de muitos “ netinhos de coração” e, acreditem que representam algumas lágrimas que escorreram para o meu sorriso quando recebi a notícia.

E sou abençoada por poder fazer este “trabalho” e por receber tanto carinho de todas estas famílias.

Uma terapeuta também chora, sim
Eu choro, sim… e ainda bem❣️

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Silêncio é fundamental para o parto

O silêncio é fundamental quando está a decorrer um parto.
Porquê?

Porque silencia o Neocórtex, a parte do cérebro mais racional que está ligada ao intelecto e à linguagem. O Neocórtex, entre as várias funções que desempenha, é o responsável por recolher a informação, analisar, racionalizar, avaliar e criar todo o tipo de cenários.

Posto isso, é esta a parte que irá ativar o Sistema de Sobrevivência que prejudica o bom desenvolvimento do parto. Recorde-se que é bastante comum e habitual a grávida estar com algum medo do parto e, quando este processo acontece, pode haver uma alteração na produção de hormonas e um desvio no curso do nascimento, tornando-o mais duro e diferente do que está previsto pela natureza.

Na sociedade atual, damos mais importância e usamos mais a parte racional do que a parte animal do cérebro. Assim, nem sempre é fácil silenciar o Neocórtex. No entanto, é fundamental que perceba a importância do silencio para deixar a sua parte mais animal liderar o nascimento.

O obstetra francês Michel Odent afirma que a mãe, apenas necessita de 3 condições para dar à luz: silêncio, sossego e sentir-se protegida.

Quando a mãe está relaxada, as hormonas fluem e o parto decorre mais rapidamente e mais tranquilamente.

Recordo-lhe que somos o único mamífero que duvida da sua capacidade de parir. As crenças e medos podem afetar o corpo e a produção de hormonas. Assim, o nascimento fluirá melhor quando conseguir deixar-se levar, com confiança em si e na sua equipa de nascimento, silenciando a sua parte racional (Neocortex).

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Crédito imagem: aprendizadosdemae.com

Parto mais agradável com o Hipnoparto

O Hipnoparto aponta 4 fatores de sucesso para um parto mais agradável. Para mim, são os mesmos que definem o sucesso de qualquer parto, seja ele por Hypnobirthing, ou Hipnoparto em português, ou não.

1. Quando e onde e como nasce o bebé.

Quando: A data de nascimento é muito importante. Há consequências e benefícios em respeitar o tempo do seu bebé. Costumo dar o exemplo do esforço desenvolvido para apanhar um tomate bem maduro, versus o esforço em apanhar um tomate verde.

Onde: O ambiente no qual a mãe dá à luz faz toda a diferença. É fundamental criar o ambiente propício para o parto. Um ambiente resguardado, íntimo, calmo e sereno.

Como: Quer seja um parto vaginal ou por cesariana, com ou sem ajuda farmacológica e instrumental, induzido ou espontâneo, todos os nascimentos podem ser uma experiência harmoniosa, desde que a mãe seja respeitada em todas as etapas, mesmo quando há imprevistos.

2.Quem está com a mãe

A atuação do companheiro de nascimento é um dos principais fatores de sucesso. No Hypnobirthing o companheiro de parto é preparado(a) para saber desempenhar o seu papel, com confiança. Tanto durante toda a gravidez como durante o parto da sua companheira. O método também permite ter o bebé sem acompanhante, desde que se tenha preparado para isso.

O parto é um dos mais importantes momentos da vida, porque deixar nas mãos de terceiros o seu sucesso?

3. Aprender e praticar

Talvez o ponto mais importante.
Aprender: Conhecer todas as situações, os benefícios e riscos de cada intervenção. Este conhecimento é fundamental para dar confiança à mãe. O conhecimento desenvolve a confiança.

Praticar: A prática, no caso do Hypnobirthing, é outro fator de sucesso. Desenvolve os automatismos necessários para que as técnicas decorram naturalmente, sem necessitar de pensar nelas. Por isso é uma das razões pelas quais este método é tão eficaz.

No parto uma contração só dura um minuto
Durante o parto, a mãe Hypnobirthing pratica afirmações e visualizações que ajudam o seu corpo.

Tal como qualquer objetivo importante de vida, a aprendizagem e preparação é fundamental.

Além do Curso de Preparação para o Nascimento, aprenda também a libertar a ansiedade durante a gravidez e a ter um parto mais confortável.

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Hypnobirthing na revista De Mãe para Mãe

Artigo publicado na revista De Mãe para Mãe em Outubro de 2019.

EM QUE CONSISTE O HYPNOBIRTHING?
O Hypnobirthing trabalha as emoções e a mente da mãe através da hipnoterapia. Esta técnica “reprograma-a” para eliminar os medos e as ansiedades que atrapalham todo o processo de nascimento. Assim, com estas ferramentas aprende a deixar o seu corpo trabalhar em harmonia.

Em 1942, em Inglaterra, o obstetra inglês Grantly Dick-Read demonstrou no seu trabalho “Childbirth without Fear” que o tempo e as dores do parto aumentam pelo medo e tensão da mãe.

Inegavelmente, a mulher que sente medo fica tensa. E essa tensão provoca o aumento da dor. Read explica que a tríade “Medo–Tensão–Dor” é a principal responsável pelo aumento do sofrimento no parto.

Contudo, quando a mulher engravida, influências desfavoráveis, juntamente com o medo e um ambiente de nascimento inadequado, criam um entorno que ela interpreta como sendo uma situação de perigo da qual quer fugir. No entanto, não podendo fazê-lo, origina-se uma tensão protetora. Esta tensão dificulta a coordenação muscular e a produção de Ocitocina. É tudo isto que determina e influencia o grau de dor. A dor aumenta a tensão, que por sua vez aumenta o medo, e assim se instala um círculo vicioso: Medo-Tensão-Dor.

COMO É QUE O HYPNOBIRTHING PODE AJUDAR?

O Hypnobirthing começa por ajudar a mãe a compreender o impacto do medo e outros pensamentos limitantes sobre o parto e a maternidade. Aumenta a confiança e segurança, com uma gravidez positiva e informada. Este método ajuda a que a mulher se familiarize com o seu corpo, percebendo que este está naturalmente desenhado para conceber, gerar e dar à luz. O Hypnobirthing também prepara a mãe para conhecer a psicologia do nascimento. Ajuda-a a perceber como o estado de espírito e as hormonas facilitam ou prejudicam todo o processo.

QUAL O PAPEL DO PAI OU PARCEIRO DE NASCIMENTO?

O pai, ou parceiro de nascimento, também é preparado para saber exatamente o que fazer durante toda a gravidez e no nascimento. Este é, inclusive, um dos fatores-chave para o sucesso do método. Com a ajuda de diversos exercícios, mãe e pai trabalham em conjunto no parto, independentemente da forma como decorre. Saberão como agir em qualquer circunstância para que o nascimento seja uma experiência positiva, harmoniosa e inesquecível.

MAIS VANTAGENS SOBRE HYPNOBIRTHING:

Estudos demonstram que o Hypnobirthing reduz a duração do trabalho de parto, reduz o nível médio de dor e ajuda a diminuir a intervenção médica e uso de fórceps ou ventosa. Assim, a taxa de cesarianas é mais baixa para quem recorre a este método. Também a necessidade de utilização de Epidural baixa. A hipnoterapia foi reconhecida como “terapia válida” pela British Medical Association em 1892 e, novamente, em1955.

O nascimento não tem de ser doloroso e há forma de ter uma experiência positiva. Cada viagem de nascimento é única e é possível que todas as mães, e pais, tenham uma experiência fantástica. È um momento de total plenitude que ficará registada para sempre na sua memória.

Revista De Mãe para Mãe – Outubro de 2019